sábado, 18 de fevereiro de 2012

O QUE ESTÁ HAVENDO COM OS MÉDICOS???

(http://www.sadalla.com.br/website/int-pt/index.php?id=pacientes&area=doencas&pagina=pterigio)


Em uma rápida pesquisa na Wikipédia, podemos descobrir que "o pterígio é um espessamento vascularizado da conjuntiva de forma triangular que se estende do ângulo interno (nasal) do olho em direção à córnea. Não é infeccioso, mas pode afetar a visão. Pode ser tratado através de remoção cirúrgica."
No caso, é uma patologia oftalmológica e sendo assim, tratada pelo oftalmologista (oculista, como costumam nominar os leigos). 
Imaginem então, qual não foi a minha surpresa quando, em meu consultório, recebi uma paciente com queixa de "vasinhos nos olhos". Para quem não sabe, eu sou cirurgião vascular.
Bem, vocês diriam, a paciente é leiga e não tem culpa de achar que "vasinhos nos olhos" é da competência de quem cuida dos vasos, não é mesmo? Pois é, até seria assim, se na verdade a paciente não viesse por encaminhamento de outro médico. Mas um médico generalista, um recém-formado, talvez, ainda com pouca experiência? Não!!! Pasmem (como eu também fiquei pasmo!); a paciente veio com encaminhamento de um oftalmologista! Exatamente isso: um oftalmologista - cujo nome preservarei por questões éticas, mas que com certeza jamais indicarei para alguém - encaminhou para mim, um cirurgião vascular, um paciente com queixa oftalmológica, com solicitação de "avaliação e conduta para telangiectasias de conjuntiva". Confesso que o termo é novo para mim… contudo, em uma breve inspeção da paciente, na minha relativa ignorância em relação aos conhecimentos oftalmológicos, julguei que o que aquela paciente tinha era um processo inicial de pterígio, algo relativamente semelhante com a foto postada acima. Com o máximo de discrição e jeito que pude ter, tentei orientar a paciente a procurar uma segunda opinião de outro oftalmologista, ao que ela de pronto aceitou.
Por Cristo!!! O que está acontecendo? Profissionais que se especializam em uma área e encaminham para outros justamente casos pertinentes a sua especialidade! Logo, teremos ortopedistas encaminhando fraturas para o fisiatra; Cardiologistas mandando pacientes com insuficiência cardíaca descompensada para o nefrologista; Neurologistas recebendo pacientes esquisofrênicos de seus colegas psiquiatras; E vasculares atendendo tudo quanto é "problema de má-circulação" e "dores nas pernas" encaminhados por tudo quanto é especialista… Como diria meu amigo, sócio e ex-professor, Dr. Jorge Timi, "seria o vascular um pernólogo", já que nossa especialidade acaba atendendo pacientes com dores nos membros inferiores das mais diversas etiologias e, na maioria das vezes, não relacionadas com quadros vasculares.
Mas não para por aí o meu estarrecimento em relação à situação da classe médica. No domingo, dia 12 de fevereiro, passado, ocorreu em nossa cidade de Curitiba, um concurso público municipal para compor o quadro de funcionários para o Hospital do Idoso Drª Zilda Arns, CMUMs (Centro Municipal de Urgências Médicas) e SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência), nas mais diversas áreas. Por conta disso, os médicos que trabalham atualmente nos CMUMs terão seus contratos encerrados em pouco tempo e, aqueles que intentavam manter seus postos, obrigatoriamente precisaram prestar o concurso. Ocorre que uma parcela imensa desses profissionais não atingiram a nota de corte de 60%!!! Ou seja, acertaram menos de 24 das 40 questões da prova! 
O que é pior, é que diante disso, já há rumores de que a nota de corte da prova será reduzida para que se possa preencher as vagas de médicos nos CMUMs. 
Verdade ou não, é um absurdo saber que nossos colegas estejam tão despreparados. É aterrador ver que os profissionais saem tão mal-formados de suas faculdades e/ou residências médicas. É entristecedor ver tantos médicos ensimesmados, endeusando-se, quando na verdade, não passam de simples seres humanos imperfeitos e falhos como todos os demais!
O que está ocorrendo com nossa sociedade? Com nossos profissionais? E então, nesse assunto, não só na área de saúde, mas com todos os setores laborativos. Como é possível nossas universidades despejarem no mercado miríades de recém-mal-formados a cada semestre? Onde está o seu comprometimento com a educação e com a formação desses indivíduos que, muitas vezes, trabalharão com o público, para a população, prestando-lhes serviços nas mais diversas áreas, inclusive, em  setores vitais como saúde, segurança e educação?
Confesso que pensando no tema fiquei um pouco decepcionado e deprimido, mas também, tive mais certeza da importância de fazer meu trabalho sempre melhor, não me contentando em oferecer qualidade, mas sim, excelência!
Fraternos Abraços
.'.


terça-feira, 31 de janeiro de 2012

INCAPACIDADE E DEPENDÊNCIA

    Este final de semana eu tive a oportunidade de vivenciar uma experiência muito intensa e desconfortável, mas que em contrapartida, permitiu-me algumas reflexões.
      Vinha eu já há alguns dias com um pouco de dor no pescoço e no braço esquerdo, fruto de um "torcicolo" ou de um "mal-jeito" ao dormir, pensava eu, mas que estava respondendo muito bem a analgésicos e quase não me estava atrapalhando as atividades diárias. Contudo, na manhã deste sábado, acordei com uma sensação incômoda que não consegui decifrar direito o que era, de início. Ao levantar-me da cama, senti como que um puxão em meu ombro esquerdo, imediatamente seguido por uma dor lancinante que correu-me todo membro superior esquerdo, desde o pescoço até as extremidades dos dedos. Achei que fosse apenas uma cãibra mais forte e levantei-me da cama, mas não consegui esticar o pescoço. Conforme andava em direção ao banheiro, a cada passo da dava, a dor se intensificava ao ponto de não conseguir pensar em mais nada… segurava meu braço esquerdo com o direito, levantava-o, mexia-o, mas nada… desci ao andar térreo de nosso sobrado, onde guardo os receituários; preenchi uma receita de codeína e outros anti-inflamatórios, carimbei, e fui cambaleando até o quarto do meu cunhado, para pedir-lhe que fosse à farmácia para mim. Enquanto o mesmo fazia este favor, liguei para o hospital e pedi que fosse cancelada a cirurgia que eu tinha marcada para aquela manhã. Voltei à cama e tentei encontrar uma posição que fosse menos incômoda. Meu cunhado chegou com a medicação e tomei 50 mg de codeína e 50 mg de diclofenaco, fora o relaxante muscular e outros anti-inflamatórios que já havia tomado. Por volta de dez horas da manhã, ainda não havia melhorado quase nada, então, tomei outra dose do meu coquetel farmacológico. Duas horas após, estava um pouco melhor, mas mesmo assim, tomei a terceira dose do medicamento. Tinha um almoço marcado com meus irmãos e tive que pedir ao meu cunhado para servir de chofer para mim e minha esposa. Fui no banco de trás da minha camioneta, com o pescoço dobrado em um angulo estranho e o ombro esquerdo projetado para trás. No decorrer do dia, a dor foi cedendo aos poucos enquanto surgia um formigamento na ponta dor dedos. Continuei tomando as medicações de horário e, na manhã de Domingo, já estava menos mal. Porém, ainda não podia dirigir direito, então não pudemos ir para Caiobá, onde nossos amigos iriam se reunir para uma confraternização.  No terceiro dia de minha odisséia álgica, acordei com bem menos dor, mas a parestesia da mão e dedos esquerdos estava maior. Fui trabalhar (consegui dirigir, mesmo com um pouco de dificuldade e com cuidados redobrados), mas logo que voltei pra casa, agendei uma ressonância magnética de coluna cervical - acho que estou com uma hérnia discal cervical! Agora é fazer o exame, mostrar para um colega neurocirurgião e ver o que acontece…
      Pois bem... e porque eu estou comentando tudo isso? Justamente porque este fato me fez refletir. Mesmo com dor, eu podia andar, pensar, discernir o certo do errado, falar, e o que mais. Contudo, aquela sensação de dor urrava aos meus ouvidos como uma sirene e piscava como letreiros de néon aos meus olhos com os dizeres, em amarelo e vermelho : "ATENÇÃO! PERIGO!" Eu sabia o que eu precisava fazer, mas toda minha vontade era suplantada pela torrente de dor e pelo terror da incapacidade gerada por ela.
      O decorrer da situação, a necessidade de outras pessoas comprarem medicação para mim, de me levarem para um ou outro lugar; a incapacidade de realizar minhas tarefas diárias, mesmo as mais simples como beber um copo d'água, abraçar um parente ou amigo, deitar e recostar-me em um travesseiro; a impossibilidade de agir com liberdade e reagir pronta e plenamente ao mundo que me cerca; tudo isso me fez perceber como a incapacidade física é uma barreira ao bem viver e como as pessoas sofrem com isso.
      No meu caso, estou melhorando e posso dizer que a incapacidade foi (ou é) transitória. Mas, quantos de nossos irmãos não se encontram em situação de dependência de outras pessoas devido incapacidades que possuem? Quantos não se sentem diminuídos por se julgarem incompletos, falhos, imperfeitos? quantos não perdem sua vida simplesmente por acharem que não a conseguem viver?
      Como disse, e isso eu só percebi depois, na hora que me descobri cego pelas dores, o que mais me incapacitava não era a dor em si, mas o medo da situação desconhecida. Foi pensando nisso que eu percebi como muitas pessoas são verdadeiras guerreiras! Pessoas com algum tipo de deficiência físico, mental ou intelectual, mas que mesmo assim, aprenderam a conviver com suas condições especiais e levam a vida da forma que lhes é possível, sem se deixarem abater quando a vida lhes dá uma rasteira ou outras pessoas as julgam incapazes e dependentes.
      Incapacidade em realizar determinada função não significa necessariamente dependência. Pessoas com necessidades especiais podem ser tão independentes quanto qualquer outro ser humano que o nosso grande mestre do Universo colocou neste mundo; podem adaptar-se de tal forma que, mesmo sem braços e pernas, podem levar uma vida quase normal, estudar, trabalhar, inter-relacionar-se com outras pessoas e ainda servir de exemplo a elas.
      A bem da verdade, tenho um exemplo desses em minha própria casa: Minha esposa Raquel sofreu de Aspergilose Cerebral, que a obrigou a passar por um longo, penoso e caro (mas que foi custeado pelo Sistema Única de Saúde) tratamento, com poucas chances de melhora, mas ela saiu viva, no final… com seqüelas de fala e memória, hemiparalisada à direita, cadeirante… mas viva! Com o passar do tempo, com muita força de vontade própria e com a ajuda da família, claro, ela já anda, conversa, usa aparelhos eletrônicos e internet, escreve, pinta quadros e telas, faz bordados lindos em ponto-cruz. Ela é até mais independente que gostaríamos que fosse, pois, em nosso pensamento pequeno e egoísta, achamos que toda esta independência que ela busca dia-a-dia para si, pode, de alguma forma, pô-la em algum perigo. Mas ela prova para mim e para todos que quiserem ver que, mesmo incapaz de realizar tudo que queira, está cada vez mais independente dos outros e que logo poderá cuidar de outro alguém, se quiser, ao invés de ser cuidada.
      Incapacidade não significa dependência! Agora sei disso… Que o diga minha amada Raquel! Que o diga Nick Vujicic (Vida sem Membros)! Que o diga qualquer um dos "incapacitados" de nossa sociedade que diariamente dão um show de independência e de força de vontade!
      Pense nisso!!!

Abraços Fraternos
.'. 

       

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A HERANÇA DE EVA


A Herança de Eva

Por Diego de Almeida.’.

Aos onze sois da primeira lua do ano da graça de nosso Deus e Senhor Jesus Cristo de 2012 da Era Cristã.’.

A madrugada é escura
Os minutos escoam-se lentos
Tens a dor por companheira,
Mas ninguém ouve teus lamentos.
Se bem que és forte e corajosa
E não querias que fosse diferente.
Tomaste a tua decisão
Inteira, de corpo e mente!
Arqueja, chora e clama
Que tudo cesse de repente.
Mas sabes que as horas passarão
Até que estejas livre novamente.
Outra onda de dor te abate
A contração em teu ventre
Por que tinha de ser assim?
Por que não poderia ser diferente?
Herdeira és de Eva,
A viúva da serpente
Que no Éden foi tentada
E entregou-se ardentemente
Aos prazeres desconhecidos
Com volúpia e deleite.
Não sabia ela, pobre Eva
Que toda a ação tem reação
Que do fruto proibido
Brotaria um varão
Forte e inteligente
Mas por Deus, preterido!
Patriarca de um povo
Batalhador e destemido!
Mas acordas tu agora
De meio de teus devaneios.
As contrações se intensificam
Finda o tempo de receios
Sabes que chega a hora
Logo tudo será diferente.
Queres logo ter nos braços
O filho da Serpente.
Qual é mesmo seu nome?
Perguntas-te neste momento.
Sim, é claro: Conhecimento!
É assim que se chama a ele.
E como o sol brilhante
Rompendo a manhã errante
E pondo fim às trevas da noite
Eis que surge teu rebento
Abrindo caminho para a vida
Por entre tuas carnes,
De dentro do teu ventre
Do fundo de tua alma!
Filho teu! É teu sangue
A tua carne e a de teu amante!
Moldadas, amalgamadas
Unidas num só ser.
O milagre da vida:
Da concepção, a Criação!
Criatura de Deus, Filho do Homem
E Deusa também és tu
Por essência e merecimento
Por competência e herança.
A água que cai, santa
Que abranda a rocha ígnea
Que verte, ferve, vaporiza
Que corre em torrente
Por sobre o rubor de tuas faces
Não é mais de dor e agonia;
Agora, apenas, sublime alegria!
Pela tarefa finda
E pelo fruto colhido
Casto, puro, encolhido
Em teus braços, teu seio.
És mãe agora, ó pequena
Herdeira de Eva!
Nunca mais viverás por ti
Pois trocaste de bom grado
Viver tua própria vida
Para viver por ele:
O rebento de tuas entranhas,
O fruto de tua alma,
A plenitude de teu ser!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

AS PORTAS


As Portas

Por Diego de Almeida.'.

Aos nove sois, da primeira lua, do ano da Graça de Nosso Deus e Senhor Jesus Cristo de 2012 da Era Cristã.'.

Porta, portal
Porteira, portão!
O que é a porta senão
Um simples sim ou não
Ao pedido de passagem?
Passagem... mudança.
Tolo quem pensa
Que passar pela porta
É simples assim...
Pois não o é!
Passar pela porta
Demanda muita energia
Determinação e coragem!
Doutro lado está
O desconhecido!
Sim! Mesmo a porta de casa,
Guarda o que não se sabe:
Se fora estamos, não sabemos
O que nos espera lá dentro;
E de cá de dentro,
O que o mundo nos reserva lá fora!
Porteiras da vida
Abrem-se agora diante de nós!
- Não te prendas à materialidade!
Estes portais podem ser
Menos palpáveis que o ar
Ou que o tempo, ou a luz!
Pontos de passagem
Marcos de mudança:
O aniversário;
O Ano Novo;
O casamento;
O primeiro dia do novo trabalho;
A formatura.
Toma coragem!
Tem metas!
Atinje e ultrapassa cada ponto desses!
Vários são fáceis:
Eles passam por nós
Se não tivermos atitude...
Mas outros, nem tanto
Dependem de nossos esforços!
E tem certeza
De que em cada conquista,
Em cada data, festiva ou não,
Em cada passo que se dê
No mundo físico ou
Na dimensão do tempo-espaço
É uma porta que se passa!
Mas nem por toda porta
Se pode regressar!
Tem cuidado de escolher
A porta certa para entrar
E não chores nem te amargures
Se o portal pelo que entraste
Era o errado para ti!
Já que não podes voltar
Segue em frente, então
E busca nova porta
Que te tires desta situação!
Não se conserta um erro
Voltando-se ao passado
Mas sim, buscando remendo
Ao que fora rasgado
Pedindo desculpas
A quem saíra magoado
Estendendo a mão
Ao que caíra por terra
Dando o devido valor
A quem o merecera!
Porta, portão
O que é a porta então?
Vais descobrir, meu Irmão!
Passaste por ela
E muitas virão!
De portas é feito o mundo...
Por uma porta nasceste!
E quando a terceira das Parcas
Decidir que o teu fio tecido
Já tem o tamanho devido
E o cortar, sem menos nem mais
Passarás então
Pela porta derradeira...
A porta primeira!
E porquê não?
De onde saímos
É para onde voltamos!
Eis a grande questão!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

SE SOIS MESTRE, ESCOLHEI!

As vezes, lemos algo e não entendemos o que significa o que está escrito… As vezes, o objetivo é este, não o de elucidar, mas o de intrigar… contudo, outrora apenas, não estamos aptos ou receptivos o bastante para entender, ou não temos as ferramentas certas para entender…
O texto que segue é uma poesia de minha autoria, de cunho filosófico e maçônico… Quem tiver olhos, que veja; Quem tiver ouvidos, que ouça; quem tiver a ciência, que entenda!

Fraternos Abraços.'.

SE SOIS MESTRE, ESCOLHEI!

Se tens nas mãos a escolha
És então Senhor!

Sois vós o que define destinos
Sois aquele que diz o sim e o não.
A escolha de vossa indecisão
Não penda ela no abismo da ignorância
Nem arda na fogueira das vaidades!

Se é o homem senhor de si
Mestre feito e eleito;
Dono dos próprios passos,
Saiba ele garimpar no céu de estrelas
Encontrando o rutilante diamante
Feito pedra incorruptível
A partir do mesmo carvão
Que amanhã seremos.
Carbono do carbono,
Sempre o mesmo pelas eras
Imutáveis mutantes
A mesma base e origem.

Dai o passo adiante
Tomai vossa decisão!
Exultai, se vos exaltaram,
Mestre e Senhor
Este é o peso, o fardo
Depositado em vossos ombros!
Se queríeis bajulações
Trilhastes a senda errada
Escolher é comprometer-se!

Não fujais de vossas responsabilidades!
Oh! Carvão rude e tosco
Não seria pois o diamante
O vosso irmão gêmeo?
O mesmo carvão provado
Privado da luz
Comprimido pelo acabrunhante peso da terra
Temperado na fornalha de rochas ígneas...

Vossos caminhos não findaram
Ao passardes pelos penosos tempos
Em que fostes aprendiz e noviço.
Se sois mestre agora,
Não é cadeira, trono ou escora,
Que tereis a frente, enfim.
Vossas estradas começam aqui
Vossos pés já estão nelas
Por sobre as pedras do calçamento
E a poeira que levanta
Denuncia o movimento dos pés.

Escolhei, pois, Senhor
Direita, esquerda, avante
Ou retroceder, também podeis
O destino está em vossas mãos
Mas não vos olvideis!
Sois mestre em formação
E vossa missão é ensinar
Mas podeis renunciar ao vosso mandato
Diamante jamais chegareis a ser
E vosso destino então será arder
Na fornalha de nossos templos...
Se não fordes Luz nem Beleza
Que ao menos aqueçais os corações
Das pobres viúvas, nossas mães
E dos irmãos desamparados.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A HIPOCRISIA DO BRASILEIRO...

Meus caros, recebi este texto por e-mail e julguei-o muito verdadeiro…
Reflitamos, pois.
Fraternos Abraços.'.

SE O BRASILEIRO É ASSIM:

A- Coloca nome em trabalho que não fez.

B- Coloca nome de colega que faltou em lista de presença.
C- Paga para alguém fazer seus trabalhos.
1. - Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.

2. - Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.

3. - Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.

4. - Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, e até dentadura.

5. - Fala no celular enquanto dirige.

6. - Usa o telefone da empresa onde trabalha para ligar para o celular dos amigos (me dá um toque que eu retorno...) - assim o amigo não gasta nada.

7. - Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.

8. - Para em filas duplas, triplas, em frente às escolas.

9. - Viola a lei do silêncio.

10. - Dirige após consumir bebida alcoólica.

11. - Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.


12. - Espalha churrasqueira, mesas, nas calçadas.

13. - Pega atestado médico sem estar doente, só para faltar ao trabalho.

14. - Faz 
"gato " de luz, de água e de tv a cabo.

15. - Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.

16. - Compra recibo para abater na declaração de renda para pagar menos imposto.

17. - Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.

18. - Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10, pede nota fiscal de 20.

19. - Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.

20. - Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.

21.. - Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se
 fosse pouco rodado.

22. - Compra produtos pirata com a plena consciência de que são pirata
s.

23. - Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.

24. - Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.

25. - Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.

26. - Frequenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.

27. - Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos, como clipes, envelopes, canetas, lápis... como se isso não fosse roubo.

28. - Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das empresas onde trabalha.

29. - Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.

30. - Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.

31. - Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.

32. - Doa sangue, só para pegar atestado e, consequetemente, faltar ao trabalho.

E quer que os políticos sejam honestos....

Escandaliza-se com o mensalão, o dinheiro na cueca, a farra  das passagens aéreas...

Esses políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo, ou não?

Brasileiro reclama de quê, afinal?

E é a mais pura verdade, isso que é o pior! Então sugiro adotarmos uma mudança de comportamento, começando por nós mesmos, onde for necessário!
Vamos dar o bom exemplo!
Espalhe essa idéia!
"Fala-se tanto da necessidade deixar um planeta melhor para os nossos filhos e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores (educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis) para o nosso planeta, através dos nossos exemplos...." 

Esse é um dos e-mails mais verdadeiros que recebi. Colhemos o que plantamos! A mudança deve começar dentro de nós, nossas casas, nossos valores, nossas atitudes.
 Para Refletir...

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A MEDALHA DE SÃO BENTO

      Já há um bom tempo minha atenção fora chamada para um adesivo interessante, em forma de brasão ou medalha, colado em carros. O brasão continha uma cruz em seu centro e várias letras gravadas, que julguei se tratar de uma abreviatura de uma citação. Encimava todo o conjunto a palavra PAX, paz, em latim. Em uma ocasião, vi o mesmo símbolo em uma loja de artigos religiosos, mas, infelizmente na ocasião, não tive como obter dados a respeito da peça. 
      Coincidentemente, uma das minha paciente de consultório estava usando a mesma medalha em um colar; após terminar seu atendimento, pedí-lhe escusas pela indiscrição e solicitei uma explicação sobre o significado da peça que portava ao colo. A D. Vilma, pessoa amável e muito prestimosa, informou-me com satisfação em se tratar da Medalho de São Bento, protetor contra roubos, assaltos e males do corpo. Cativado pelo assunto, fiz uma  breve pesquisa que exponho aqui.
Abraços Fraternos.'.


Sem dúvida a medalha de São Bento é uma das mais veneradas pelos fiéis. A ela se atribuem poder de remédio, seja contra certas enfermidades do homem e animais, ou contra os males que podem afetar o espírito, como as tentações do poder do mal. Muito freqüente também é colocá-la nos cimentos de novos edifícios como garantia de segurança e bem-estar de seus moradores.
A origem desta medalha se fundamenta em uma verdade e experiência do cunho espiritual que aparece na vida de São Bento tal como a descreve o papa São Gregório no Livro II dos Diálogos. O pai dos monges usou com freqüência do sinal da cruz como sinal de salvação, de verdade, e purificação dos sentidos. São Bento quebrou o vaso que continha veneno com o sinal da cruz feito sobre ele. Quando os monges eram perturbados pelo maligno, o santo mandava que fizessem o sinal da cruz sobre seus corações. Uma cruz era o selo dos monges na carta de sua profissão quando não sabiam escrever. Tudo isso não faz mais que convidar seus discípulos a considerar a santa cruz como sinal benfeitor que simboliza a paixão salvadora do Senhor, porque se venceu o poder do mal e da morte.
A medalha tal como hoje a conhecemos, remonta ao século XII ou XIV ou talvez a uma época anterior de sua história. No século XVII, em Nattenberg, na Baviera, em um processo contra umas mulheres acusadas de bruxaria, elas reconheceram que nunca haviam podido influir malignamente contra o mosteiro beneditino de Metten porque estava protegido por uma cruz. Feitas, com curiosidade, investigações sobre essa cruz, descobriram que nas paredes do mosteiro estavam pintadas várias cruzes com algumas siglas misteriosas que não puderam ser decifradas. Continuando a investigação entre os códices da antiga biblioteca do mosteiro, foi encontrada a chave das misteriosas siglas em um livro do século XIV. Assim sendo, entre as figuras aparece uma de São Bento segurando com a mão direita uma cruz que continha parte do texto que se encontrava só em suas letras iniciais nas hastes das cruzes pintadas nas paredes do mosteiro de Metten, e na esquerda portava una bandeirola com a continuação do texto que completava todas as siglas até aquele momento misteriosas.
Muito mais tarde, já no século XX, foi encontrado outro desenho em um manuscrito do mosteiro de Wolfenbüttel representando um monge que se defende do mal, simbolizado numa mulher com uma cesta cheia de todas as seduções do mundo. O monge levanta contra ela uma cruz que contém a parte final do texto. É possível que a existência de tal crença religiosa não seja fruto do século XIV, senão, muito anterior.

Explicação do anverso

Nas antigas medalhas aparece, rodeando a figura do santo, este texto latino em frase inteira: Eius in obitu nostro presentia muniamur"Que a hora de nossa morte, nos proteja tua presença". Nas medalhas atuais, freqüentemente desaparece a frase que é substituída por esta: Crux Sancti Patris Benedicti, ou todavia, mais simplesmente, pela inscrição: Sanctus Benedictus.

Explicação do reverso

  1. Em cada um dos quatro lados da cruz: C. S. P. B.
    Crux Sancti Patris Benedicti. Cruz do Santo Pai Bento
  2. Na vertical da cruz: C. S. S. M. L.
    Crux Sacra Sit Mihi Lux. Que a Santa Cruz seja minha luz
  3. Na horizontal da cruz: N. D. S. M. D.
    Non Draco Sit Mihi Dux. Que o demônio não seja o meu guia
  4. Começando pela parte superior, no sentido horário: V. R. S. Vade Retro Satana. Afasta-te Satanás - N. S. M. V. Non Suade Mihi Vana. Não me aconselhes coisas vãs - S. M. Q. L. Sunt Mala Quae Libas. É mau o que me ofereces - I. V. B. Ipse Venena Bibas. Bebe tu mesmo teu veneno
Na parte superior, em cima da cruz aparece a palavra PAX e nas mais antigas IESUS