quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O SELO MAÇÔNICO DA SOBERANA GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO BRASIL



Se procurarmos nos dicionários, encontraremos que selo é um substantivo masculino que significa sinete, chancela, carimbo, estampilha, cunho, timbre; podendo ser também uma marca estampada. Já para timbre, temos marca, sinal, insígnia, principalmente em papel de correspondência oficial, comercial ou particular; Selo ou carimbo.
Um Selo Maçônico é uma representação gráfica que geralmente é usado na chancela de documentos da Potência ou da Loja Maçônica. O Selo Maçônico é um Logotipo, e como tal, é a representação gráfica da marca, é um elemento importante na sua identificação e traz embutido nele diversos significados.
A Soberana Grande Loja Maçônica do Brasil (SGLMB), como não poderia deixar de ser, também tem seu Selo, que está representado acima e descrito a seguir.

Configuração Exotérica

O Selo Maçônico tem a configuração abaixo:
  1. De formato Circular, impresso em fundo branco, representando em seu desenho o Esquadro, na proporção de um para um, com ambos os lados colocados por de trás do Compasso, aberto em 60º; o Esquadro tem a cor Dourada (Amarelo Ouro) com métrica em Preto em seu lado externo. O Compasso tem a cor Dourada (Amarelo Ouro) e em sua interseção superior tem uma estrela de 8 (oito) pontas envolta em um círculo simples;
  2. Na conjunção entre as hastes do Compasso e as hastes do Esquadro, está desenhando uma Estrela de Cinco Pontas na cor Dourada (Amarelo Ouro), com veios centrípetos em Preto a partir de seus 10 ângulos, dando impressão de tridimensionalidade, com a letra G em Preto dentro de um círculo também Dourado, sobreposto ao centro da estrela;
  3. Por detrás do Estrela de Cinco Pontas está uma outra Estrela, de 16 pontas, com diâmetro igual ao da primeira, também na cor Dourada (Amarelo Ouro), com 64 veios centrípetos em Preto, dando impressão de raios de luz. O conjunto formado pelas duas estrelas representa a Estrela Flamígera;
  4. Ladeando este desenho, dois ramos de Acácia, com as hastes inferiores dos caules unindo-se por um botão elíptico, e a parte superior, ou ápices dos ramos, terminando pouco abaixo da linha de interseção superior do Compasso, sem circundar totalmente o desenho. As folhas dos ramos de Acácia são da cor Verde-Claro com nervuras centrais em Preto. O botão é de cor Dourada (Amarelo Ouro).
  5. Externamente aos ramos de acácia, uma Corda de 81 Nós, disposta em formato circular com extremidades abertas na parte inferior, estando estas ornadas por borlas. Cada nó da corda é em “Volta do Fiador” ou “8 simples”. A corda e as borlas são em cor Cinza.
  6. Em disposição circular, externas à Corda de 81 Nós, apresentam-se as inscrições SOBERANA GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO BRASIL, superiormente e “FIDE ET SAPIENTIA NON ARMIS”, inferiormente. Ambas as inscrições são em Tipo Arial negritado e na cor Preta.
  7. Circundando todo o conjunto uma corrente circular fechada, com 81 anéis, na cor Cinza.

Interpretação do Selo

A interpretação esotérica é a seguinte:
  1. O Esquadro, entre outros, representa o corpo físico a matéria. Contudo, seu ângulo de 90º é a o sinônimo da “Retidão” que deve guiar os Maçons;
  2. O Compasso representa o espírito humano, que, quando totalmente desenvolvido e aberto (o ângulo de 60º, que é o vértice do Triângulo Perfeito ou Equilátero), sobrepõe a matéria e faz do Maçom um verdadeiro Mestre;
  3. A Estrela Flamígera é um pentágono regular estrelado - uma estrela de cinco pontas - colocada com um vértice para cima e dois para baixo, que expele raios ou fogo de si. Ela é típica do Grau de Companheiro da Arte (Grau 2) mas é lembrada nos outros graus também. Exprime um voto de perfeita saúde, dirigido àqueles que a contemplam; um sinal, um voto de boas vindas dirigido àqueles venturosos dignos de ingressar no Templo: “Passa bem... sob o Olho de Deus”;
  4. A letra G representa o nome do Grande Arquitecto Do Universo, a quem consagramos e dedicamos os nossos trabalhos, sobreposto à Estrela Flamígera, anima-a e vivifica, dando vida, como está escrito no livro da Lei: “O Grande Arquiteto Do Universo Vivificou o Barro”;
  5. Os ramos de Acácia são o símbolo de uma nova vida, representando a luta que tem a força vital, comparativamente débil, contra os elementos e o meio que o rodeia. O ramo de Acácia, e Também um emblema de doçura e de candura, representando na Maçonaria um papel importante na lenda de Hiram Abiff;
  6. O Botão Dourado representa o Ovo Primordial ou Princípio Criador, que é a energia geradora do Grande Arquitecto Do Universo, com a qual o Maçom edifica o Templo Social e pela qual toda a humanidade bem como tudo o que existe foi criado;
  7. A Corda de 81 Nós simboliza a união fraternal e espiritual, que deve existir entre todos os maçons do mundo. Representa, também, a comunhão de ideias e de objetivos da Maçonaria, os quais, evidentemente, devem ser os mesmos, em qualquer parte do planeta, simbologia que todo maçom deve ter em sua mente em toda circunstância de sua vida. As Borlas representam as Virtudes Cardeais que devem reger os Maçons, agrupadas em duas: Temperança/Fortaleza e Justiça/Prudência;
  8. A inscrição que é o lema da SGLMB, “Fide et sapientia non armis”: Pela fé e pela sabedoria, não pelas armas, significando que é pela elevação espiritual, moral e intelectual do Homem que se modifica e melhora a sociedade;
  9. A corrente é a representação da “Cadeia de União”, um símbolo formado por múltiplos anéis interligados entre si, sem principio nem fim, que evidencia a união perfeita, igual e imutável, daqueles que aceitam unir-se por laços fraternos.

Onde estiver representado o Selo Maçônico da Soberana Grande Loja Maçônica do Brasil, lá ela será lembrada e honrada!

Fraternais Saudações
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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

ORDO AB CHAO - O RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO E A IGNORÂNCIA DE MUITOS


É incrível como as pessoas costumam “demonizar” o que não conhecem e criar associações e relações de dependência ou causa-e-efeito em casos que não se procede ou que não cabe associação. A Maçonaria, tal e qual a Religião ou a Política, possui vários Ritos, ou seja, várias formas de ser praticada e vivida. Não existe um Rito apenas que seja o “mais verdadeiro” ou o “mais correto”, mas vários que são plenamente aceitáveis e praticados com regularidade. Podemos afirmar que uma Verdade pode ser dita de várias formas, todas elas passando a mesma mensagem.
Existe atualmente cerca de duzentos Ritos em uso no mundo, sendo que os mais praticados são o Rito de York (80%), Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA) (12%) e Rito Moderno (7%). Por mais que o REAA não seja o mais praticado, é, certamente, o mais conhecido! Daí vem um sem fim de teorias conspirativas, suposições mirabolantes, afirmações infundadas e discursos exaltados sobre a Maçonaria, baseados neste Rito. Mitos e crenças criados sobre o número 33, símbolos maçônicos, águia bicéfala, pelicano, Ordens Rosa-Cruz e Templária, entre muitos outros, figuram aos montes na internet, nos cultos religiosos e no ideário popular, que obscurecem a realidade e se afirmam como falsas-verdades de difícil desambiguação.
Mas como surgiu o REAA? Qual sua origem?
O Irmão Kennyo Ismail escreveu no Blog “No Esquadro”, em 25/02/2011, o seguinte (http://www.noesquadro.com.br/2011/02/origem-do-reaa.html):
Se você responder que a origem do REAA é escocesa, você não estará de todo errado. A base do Rito é tida como levada pelos Stuarts e sua corte, quando exilados na França. Todos eram de famílias escocesas.

Já se você responder que a origem do REAA é francesa, isso não será um equívoco. O rito só criou forma na França, onde foi batizado como “Rito de Heredom”, possuindo 25 graus, e a partir de onde foi difundido.
Por último, se você responder que a origem do REAA é americana, não terá como desmenti-lo. Foi nos EUA que surgiu o termo “Rito Escocês Antigo e Aceito” para denominar o sistema composto pelos 25 graus do Heredom e mais os 08 graus lá criados, formando o sistema de 33 graus como é praticado hoje. Nos EUA nasceu o 1º Supremo Conselho do REAA no mundo, em 1801.
Segue quadro comparativo entre os Ritos de Heredom (de Perfeição) e REAA:
Nota-se que do Rito de Perfeição (ou Heredom) os Graus 7 e 8 tiveram sua ordem invertida ao passar para o REAA, o mesmo que ocorreu com os Graus 20 e 21. O Grau 22 foi dividido em 6 – foram acrescentados outros 5 – e os Graus 23, 24 e 25, divididos em 2 Graus cada. Ou seja, o REAA com 33 graus, como conhecemos hoje, tem pouco mais de 210 anos. Já a Maçonaria, como instituição, tem uma origem muito anterior, cuja data exata é incerta e depende do ponto de vista que se use para encarar a sua real “origem”.
Livros como “O Símbolo Perdido”, de Dan Brown, pecam terrivelmente nessa questão de correlação temporal. Mas como obra literária, pode se dar o luxo de não ser fiel aos fatos históricos. O problema está em quem crê em situações fictícias e deturpa a realidade, por dolo ou não, disseminando uma informação inverídica e, na maioria das vezes, deletéria e contrária aos preceitos da Maçonaria e do REAA.
Outra coisa que acende o fogo dos militantes da Teoria da Conspiração é a divisa "Ordo Ab Chao" - Ordem no Caos - que figura juntamente com a Águia de Lagash, no emblema do Grau 33 do REAA. É o que basta para justificar o "desejo de dominar o Mundo" que aqueles afirmam ter a Maçonaria, ou seja, estabelecer uma nova ordem mundial controlando tudo o que é caótico, por exemplo, a política, a religião, a economia e o que mais criatividade mandar! Na realidade, "Ordo Ab Chao" tem dois sentidos: na prática, significa uma tentativa de ordenar o caos em que se encontrava a Maçonaria, com sua discrepância de Ritos e ensinamentos, em uma tentativa hercúlea de unificar e padronizar todo o conhecimento maçônico que se tinha na época em um Rito que poderia preservar os usos e costumes Antigos e ser ao mesmo tempo ser Aceito por todos os Maçons do Orbe. A segunda interpretação é simbólico-filosófica e diz respeito ao Maçom colocar ordem em sua vida, para aprimorar-se globalmente - intelectual, moral, civil, cultural e emocionalmente - livrando-se do caos que o mundo nos infringe e que o espírito humano apresenta por sua própria essência.
Bem, mas a ignorância (no sentido de não conhecer a verdade) dos leigos é de certa forma perdoável. O problema mesmo é a ignorância de alguns maçons pouco afeitos à investigação da verdade, aliada à Soberba e à Vaidade (vícios inclusive combatidos pela Maçonaria), que se deixam levar por falsas informações e apregoar Vantagens e Virtudes do Rito e da Maçonaria que não procedem.
O REAA é apenas mais um Rito entre tantos da Maçonaria; é tão somente outra forma de se ensinar aos Iniciados a elevação dos sentimentos bons e puros, para que este possa ser um fator de mudança e melhoria da sociedade, iniciando por si próprio.

Fraternais Saudações
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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

A INFELICIDADE DA GERAÇÃO ATUAL

Porque os jovens profissionais da geração Y estão infelizes
em http://demografiaunicamp.wordpress.com/2013/10/30/porque-os-jovens-profissionais-da-geracao-y-estao-infelizes/ 
Esta é a Ana.

Ana é parte da Geração Y, a geração de jovens nascidos entre o fim da década de 1970 e a metade da década de 1990. Ela também faz parte da cultura Yuppie, que representa uma grande parte da geração Y.
“Yuppie” é uma derivação da sigla “YUP”, expressão inglesa que significa “Young Urban Professional”, ou seja, Jovem Profissional Urbano. É usado para referir-se a jovens profissionais entre os 20 e os 40 anos de idade, geralmente de situação financeira intermediária entre a classe média e a classe alta. Os yuppies em geral possuem formação universitária, trabalham em suas profissões de formação e seguem as últimas tendências da moda. - Wikipedia
Eu dou um nome para yuppies da geração Y — costumo chamá-los de “Yuppies Especiais e Protagonistas da Geração Y”, ou “GYPSY” (Gen Y Protagonists & Special Yuppies). Um GYPSY é um tipo especial de yuppie, um tipo que se acha o personagem principal de uma história muito importante.
Então Ana está lá, curtindo sua vida de GYPSY, e ela gosta muito de ser a Ana. Só tem uma pequena coisinha atrapalhando:
Ana está meio infeliz.
Para entender a fundo o porquê de tal infelicidade, antes precisamos definir o que faz uma pessoa feliz, ou infeliz. É uma formula simples:


É muito simples — quando a realidade da vida de alguém está melhor do que essa pessoa estava esperando, ela está feliz. Quando a realidade acaba sendo pior do que as expectativas, essa pessoa está infeliz.
Para contextualizar melhor, vamos falar um pouco dos pais da Ana:


Os pais da Ana nasceram na década de 1950 — eles são “Baby Boomers“. Foram criados pelos avós da Ana, nascidos entre 1901 e 1924, e definitivamente não são GYPSYs.


Na época dos avós da Ana, eles eram obcecados com estabilidade econômica e criaram os pais dela para construir carreiras seguras e estáveis. Eles queriam que a grama dos pais dela crescesse mais verde e bonita do que eles as deles próprios. Algo assim:


Eles foram ensinados que nada podia os impedir de conseguir um gramado verde e exuberante em suas carreiras, mas que eles teriam que dedicar anos de trabalho duro para fazer isso acontecer.


Depois da fase de hippies insofríveis, os pais da Ana embarcaram em suas carreiras. Então nos anos 1970, 1980 e 1990, o mundo entrou numa era sem precedentes de prosperidade econômica. Os pais da Ana se saíram melhores do que esperavam, isso os deixou satisfeitos e otimistas.


Tendo uma vida mais suave e positiva do que seus próprios pais, os pais da Ana a criaram com um senso de otimismo e possibilidades infinitas. E eles não estavam sozinhos. Baby Boomers em todo o país e no mundo inteiro ensinaram seus filhos da geração Y que eles poderiam ser o que quisessem ser, induzindo assim a uma identidade de protagonista especial lá em seus sub-conscientes.
Isso deixou os GYPSYs se sentindo tremendamente esperançosos em relação à suas carreiras, ao ponto de aquele gramado verde de estabilidade e prosperidade, tão sonhado por seus pais, não ser mais suficiente. O gramado digno de um GYPSY também devia ter flores.


Isso nos leva ao primeiro fato sobre GYPSYs:

GYPSYs são ferozmente ambiciosos

O GYPSY precisa de muito mais de sua carreira do que somente um gramado verde de prosperidade e estabilidade. O fato é, só um gramado verde não é lá tão único e extraordinário para um GYPSY. Enquanto seus pais queriam viver o sonho da prosperidade, os GYPSYs agora querem viver seu próprio sonho.
Cal Newport aponta que “seguir seu sonho” é uma frase que só apareceu nos últimos 20 anos, de acordo com o Ngram Viewer, uma ferramenta do Google que mostra quanto uma determinada frase aparece em textos impressos num certo período de tempo. Essa mesma ferramenta mostra que a frase “carreira estável” saiu de moda, e  também que a frase “realização profissional” está muito popular.



Para resumir, GYPSYs também querem prosperidade econômica assim como seus pais – eles só querem também se sentir realizados em suas carreiras, uma coisa que seus pais não pensavam muito.
Mas outra coisa está acontecendo. Enquanto os objetivos de carreira da geração Y se tornaram muito mais específicos e ambiciosos, uma segunda ideia foi ensinada à Ana durante toda sua infância:


Este é provavelmente uma boa hora para falar do nosso segundo fato sobre os GYPSYs:

GYPSYs vivem uma ilusão

Na cabeça de Ana passa o seguinte pensamento: “mas é claro… todo mundo vai ter uma boa carreira, mas como eu sou prodigiosamente magnífica, de um jeito fora do comum, minha vida profissional vai se destacar na multidão”. Então se uma geração inteira tem como objetivo um gramado verde e com flores, cada indivíduo GYPSY acaba pensando que está predestinado a ter algo ainda melhor:
Um unicórnio reluzente pairando sobre um gramado florido.


Mas por que isso é uma ilusão? Por que isso é o que cada GYPSY pensa, o que põe em xeque a definição de especial:
es-pe-ci-al | adjetivo
melhor, maior, ou de algum modo
diferente do que é comum

De acordo com esta definição, a maioria das pessoas não são especiais, ou então “especial” não significaria nada.
Mesmo depois disso, os GYPSYs lendo isto estão pensando, “bom argumento… mas eu realmente sou um desses poucos especiais” – e aí está o problema.
Uma outra ilusão é montada pelos GYPSYs quando eles adentram o mercado de trabalho. Enquanto os pais da Ana acreditavam que muitos anos de trabalho duro eventualmente os renderiam uma grande carreira, Ana acredita que uma grande carreira é um destino óbvio e natural para alguém tão excepcional como ela, e para ela é só questão de tempo e escolher qual caminho seguir. Suas expectativas pré-trabalho são mais ou menos assim:


Infelizmente, o mundo não é um lugar tão fácil assim, e curiosamente carreiras tendem a ser muito difíceis. Grandes carreiras consomem anos de sangue, suor e lágrimas para se construir – mesmo aquelas sem flores e unicórnios – e mesmo as pessoas mais bem sucedidas raramente vão estar fazendo algo grande e importante nos seus vinte e poucos anos.
Mas os GYPSYs não vão apenas aceitar isso tão facilmente.
Paul Harvey, um professor da Universidade de New Hampshire, nos Estados Unidos, e expert em GYPSYs, fez uma pesquisa onde conclui que a geração Y tem “expectativas fora da realidade e uma grande resistência em aceitar críticas negativas” e “uma visão inflada sobre si mesmo”. Ele diz que “uma grande fonte de frustrações de pessoas com forte senso de grandeza são as expectativas não alcançadas. Elas geralmente se sentem merecedoras de respeito e recompensa que não estão de acordo com seus níveis de habilidade e esforço, e talvez não obtenham o nível de respeito e recompensa que estão esperando”.
Para aqueles contratando membros da geração Y, Harvey sugere fazer a seguinte pergunta durante uma entrevista de emprego: “Você geralmente se sente superior aos seus colegas de trabalho/faculdade, e se sim, por quê?”. Ele diz que “se o candidato responde sim para a primeira parte mas se enrola com o porquê, talvez haja um senso inflado de grandeza. Isso é por que a percepção da grandeza é geralmente baseada num senso infundado de superioridade e merecimento. Eles são levados a acreditar, talvez por causa dos constantes e ávidos exercícios de construção de auto-estima durante a infância, que eles são de alguma maneira especiais, mas na maioria das vezes faltam justificativas reais para essa convicção”.
E como o mundo real considera o merecimento um fator importante, depois de alguns anos de formada, Ana se econtra aqui:


A extrema ambição de Ana, combinada com a arrogância, fruto da ilusão sobre quem ela realmente é, faz ela ter expectativas extremamente altas, mesmo sobre os primeiros anos após a saída da faculdade. Mas a realidade não condiz com suas expectativas, deixando o resultado da equação “realidade – expectativas = felicidade” no negativo.
E a coisa só piora. Além disso tudo, os GYPSYs tem um outro problema, que se aplica a toda sua geração:

GYPSYs estão sendo atormentados

Obviamente, alguns colegas de classe dos pais da Ana, da época do ensino médio ou da faculdade, acabaram sendo mais bem-sucedidos do que eles. E embora eles tenham ouvido falar algo sobre seus colegas de tempos em tempos, através de esporádicas conversas, na maior parte do tempo eles não sabiam realmente o que estava se passando na carreira das outras pessoas.
A Ana, por outro lado, se vê constantemente atormentada por um fenômeno moderno: Compartilhamento de Fotos no Facebook.
As redes sociais criam um mundo para a Ana onde: A) tudo o que as outras pessoas estão fazendo é público e visível à todos, B) a maioria das pessoas expõe uma versão maquiada e melhorada de si mesmos e de suas realidades, e C) as pessoas que expôe mais suas carreiras (ou relacionamentos) são as pessoas que estão indo melhor, enquanto as pessoas que estão tendo dificuldades tendem a não expor sua situação. Isso faz Ana achar, erroneamente, que todas as outras pessoas estão indo super bem em suas vidas, só piorando seu tormento.


Então é por isso que Ana está infeliz, ou pelo menos, se sentindo um pouco frustrada e insatisfeita. Na verdade, seu início de carreira provavelmente está indo muito bem, mas mesmo assim, ela se sente desapontada.
Aqui vão meus conselhos para Ana:
1) Continue ferozmente ambiciosa. O mundo atual está borbulhando de oportunidades para pessoas ambiciosas conseguirem sucesso e realização profissional. O caminho específico ainda pode estar incerto, mas ele vai se acertar com o tempo, apenas entre de cabeça em algo que você goste.
2) Pare de pensar que você é especial. O fato é que, neste momento, você não é especial. Você é outro jovem profissional inexperiente que não tem muito para oferecer ainda. Você pode se tornar especial trabalhando duro por bastante tempo.
3) Ignore todas as outras pessoas. Essa impressão de que o gramado do vizinho sempre é mais verde não é de hoje, mas no mundo da auto-afirmação via redes sociais em que vivemos, o gramado do vizinho parece um campo florido maravilhoso. A verdade é que todas as outras pessoas estão igualmente indecisas, duvidando de si mesmas, e frustradas, assim como você, e se você apenas se dedicar às suas coisas, você nunca terá razão pra invejar os outros.