segunda-feira, 30 de maio de 2011

RESPOSTA DE UM AMIGO EM RELAÇÃO A "O PRECONCEITO NA MAÇONARIA"

Tenho grandes amigos, tanto não-maçons como maçons... Um desses meus amigos, Leandro Ramos.'., maçom carbonário, no caso, e que tenho em grande apreço, redigiu uma "resposta" ao manifesto que eu postei anteriormente ao qual ele já havia tido a oportunidade de ler em outra ocasião.
Acho interessante postar aqui seu comentário, tanto pelo conteúdo, como pelo estilo de redação

Abraços Fraternos a Todos!

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A Maçonaria parou na história, não é mais atrativa. Pra que maçonaria se existe televisão, sexo drogas , rock´n roll, tem coxa e tem atlético tem os lançamentos da polishop.

O Discovery Chanel já revelou os mistérios da maçonaria e pra mim me basta morar no Champagnat, ter meu Ford Fusion com adesivinho de esquadro e compasso e ir uma vez por mês nesse clubinho com meu avental dos altos graus e com meu paletó cheio de medalhas pra mostrar para os outros mestres, companheiros e aprendizes que sou um maçom foda!

Estudar pra que? Se já tenho formação superior que faz com que eu tenha status e um emprego no HSBC.

Quem gosta de maçonaria é velho gagá que fica lendo ritualzinho tentando achar chifre em cabeça de cavalo, ou jovem filho de burguês que entrou pra maçonaria pra seguir os passos do pai, vender a alma pro diabo pra ficar mais rico ainda.

Meus Amados Irmãos, Deuses de suas vidas: quem realmente e orgulhosamente faz maçonaria somos nós; A Alta Venda Carbonária do Brasil, e talvez alguma lojinha do GOB ali, outra da GLP ali... etc, etc... mas somos poucos.

E assim é em tudo na vida, poucos bons advogados, poucos bons médicos, e poucos bons maçons. O resto é propagandinha sensacionalista de tudo o que se faz na Terra.

O bom de tudo isso é deitar a cabeça no travesseiro à noite e saber que em mim há uma pessoa sincera e justa comigo mesma, isso me faz ser maçom até hoje!
Sou livre e faço maçonaria de verdade, de resto não gasto mais minhas energias com espúrios.

T.’.F.’.A.’.
Napoleão Bonaparte.’.

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O PRECONCEITO NA MAÇONARIA

No decorrer dos meus estudos, tenho me deparado com muita informação da qual não me agradou em nada saber... é muito triste saber que existe "corrupção", preconceito e ingeresses escusos mesmos dentro de instituições que deveriam primar por combater exatamente tudo isso! Alguns dias atrás redigi um manifesto que quero compartilhar aqui hoje.

Abraços a todos!!!

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O PRECONCEITO NA MAÇONARIA

“... no século de luzes no qual vivemos, as idéias mais estreitas se tornam abrangentes, as mentes mais aguçadas se desenvolvem notadamente e a maior parte das instituições não tardará a atingir um grau de aperfeiçoamento de seus pontos frágeis. Esse movimento progressista de todo o conhecimento humano contrasta de maneira muito chocante com o estado estacionário no qual a maçonaria parece estar estagnada, o que fez com que muitos maçons instruídos demonstrassem que nossa Instituição, quase tão antiga quanto o mundo, deveria submeter-se a uma reforma geral, pois ela não deveria e não podia mais concordar com o estado atual da civilização.”

Quando o Dr. Pierre-Gérard Vassal, antigo Secretário-Geral do Grande Oriente da França, escreveu a afirmativa anterior, no início do século XIX, certamente ele não contava que, duzentos anos passados, a mesma continuaria tão verdadeira!

A nossa Instituição, que prima pela Igualdade, Liberdade, Fraternidade e Humanidade, viu-se vilipendiada e aviltada no ido dos anos, por pessoas de caráter tosco, maçons de título, mas não de essência, que incorriam nos defeitos que a Ordem sempre tentou combater.

É com grande pesar e dor que vemos a Ordem se fragmentar em múltiplas potências, apenas para satisfazer as vaidades e interesses de alguns; potências estas que vivem às turras umas com as outras, sufocando nossos princípios básicos de igualdade e fraternidade.

O espírito mercantilista assumiu o coração de muitos irmãos, que usam a Ordem como negócio e fonte de enriquecimento financeiro, ao invés de intelectual.

Mais triste ainda é depararmo-nos com situações totalmente reprováveis de segregacionismo, quando deveríamos lutar pela unidade dos povos.

Dói-nos saber que imponentes figuras maçônicas, que já foram consideradas “baluartes da Ordem, da moral e dos Bons Costumes”, eram preconceituosas, racistas e até mesmo, tiranas. Ainda hoje, muitos maçons, principalmente da Maçonaria Azul, cultivam seu preconceito mascarado em falso pretexto de “tradicionalismo”, se não mais em relação à religião ou raça, mas em razão do sexo, impedindo a participação de mulheres em seus quadros.

Foi tão absurdo o segregacionismo em relação aos negros e aborígenes num passado até pouco remoto, quanto o é hoje em relação às mulheres. Ambas as situações são totalmente descabidas e contrárias aos mais puros preceitos maçônicos.

Caríssimos! Olhai o Pavimento Mosaico! Reparai na Orla Denteada! Os opostos e antagônicos juntos em harmonia; forças distintas e contrárias que se atraem, complementam e atenuam suas disparidades. Será que estes conhecimentos práticos de nossa filosofia básica devem permanecer apenas dentro da Loja? Não deveriam eles ser aplicados ao nosso dia-a-dia? Se o nosso intuito é o bem comum e o desenvolvimento intelectual e social, como podemos fazê-lo se praticamos atos ou temos pensamentos que ferem ou prejudicam outros seres humanos?

Vá lá que ninguém seja perfeito, mas que não seja nossa imperfeição a causa de sofrimento de outrem e nem justificativa para atos danosos que porventura cometamos.

O que podemos perceber é que o homem foi “lapidando” a maçonaria, adaptando-a e moldando-a conforme seus interesses, sendo que o que deveria ocorrer é justamente o oposto; nós é que somos a pedra bruta e a madeira rugosa que deve ser trabalhada e aplainada, e a Maçonaria Universal é o meio pelo qual chegamos a este intento.

Sejamos, pois, todos Irmãos; não só dentro das Lojas e na forma de tratamento, mas na vida em sociedade! E lembrêmo-nos: “A Maçonaria é Perfeita, os homens é que não o são. Melhoremos então estes, já que àquela não cabe reparação!”


Bosque de Curitiba, Oriente do Paraná – BR, na vigência da Quinta Lua do ano da graça de N.'. D.'., Ir.'. e B.'.Pr.'. Jesus Cristo e de NN.'. PProt.'. São Theobaldo e São João Baptista, de 2011 - E.'. Cr.'..


B.'.Pr.'. Benjamin Franklin.'., M.'.M.'.C.'.

Grão-Chanceller e Secretário Adjunto, Guarda dos Selos, da Alta Venda Carbonária do Brasil.'..

quarta-feira, 25 de maio de 2011

DESPEDIDA DE UM SUICIDA!

Calma! Antes de mais nada, deixem eu me explicar!
Eu nunca pensei em por fim à minha vida, que considero o mais sublime dom de Deus. O título desta postagem apenas se refere a outro poema - um soneto, no caso - que criei lá pelos idos de 1995 ou 1996, e que também figurava naquele meu caderno de poesias e pensamentos... Friso: na época da redação, eu estava de bem comigo mesmo, como continuo até hoje!
Vamos lá:

DESPEDIDA DE UM SUICIDA

Vou-me em boa hora
Despeço-me da vida
Já é tempo da partida
Minha hora é agora!

Vou, pois já cansei do desonforto!
Meu destino foi por mim mesmo traçado
E certeza tenho de não cometer pecado
Sendo que há muito já estou morto!

Apenas vou porque sei
Que nenhuma falta farei
Já que não sei amar...

O veneno salutar foi entornado!
Não choreis por este desgraçado
Que as flores não soube apreciar!

É isso aí, meus queridos...
Meus Fraternais Abraços a Todos!
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POEMAS DO PASSADO...

Quando eu estava na 7ª ou 8ª série do ensino fundamental (naquela época era chamado de "primeiro grau") eu tinha um caderno no qual eu escrevia uns pensamentos e poesias...
Escritos toscos e mal estruturados em sua maioria, mas que traduziam sentimentos de um adolescente, com toda a revolução hormonal e reviravoltas emocionais que se é típico desta fase!
Contudo e infelizmente, o tempo passou, veio a faculdade, mudanças várias de endereços... e este precioso caderno se perdeu em algum lugar no passado, entre eu prestar o vestibular e a época de resolver que já era tempo de me casar...
Entrementes, nunca me saíram da lembrança alguns versos que escrevi e, um dia desses, rabiscando papeis e relembrando o passado, me veio a tona quase que integralmente, um dos poemas de minha autoria que eu mais gostava!!! Já não lembrava na íntega seu conteúdo, originalmente escrito no inverno de 1994, porém, reescreví-o conforme os versos me voltavam e preenchi as lacunas com o fruto da evolução das minhas experiências de vida!
Ei o que resultou:

IPÊ AMARELO

Manhã de inverno
Tudo cinza e frio
Céu coberto de nuvens
Raios solares riscam os céus
E caem por terra
Num espetáculo de luzes pendentes!

Ipê Amarelo
Ramas múltiplas, cinzentas
Encimadas por cachos de flores
Parecem-se a chifres de cervo brincalhão
Enganchados em folhas de Cinamomo
Amarelados pelo inverno...

Raios solares caindo ao chão...
Flores de Ipê levadas ao vento...
Ambos levando luzes às trevas,
Trazendo cores à monotonia,
Dando paz interior,
Devolvendo Vida à aridez...

O inverno passa
O sol volta a brilhar
O calor tomará conta dos espaços
E as flores do Ipê
Darão lugar às bagas
E folhas brotarão nas ramas!

A Vida segue...
O ciclo se completa
E torna a iniciar - eterno...
Morte e Vida - infinda...
Da flor para o fruto
- renascimento no ar.
Da semente para a nova árvore
- renascimento na terra!

Outros textos virão, conforme eles se me apresentem...
A todos deixo meu fraterno abraço!!!
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