terça-feira, 26 de junho de 2012

"McMaçonaria"

Existem muitos sites que abordam o tema "Maçonaria", tanto a favor quanto contra a mesma. Particularmente, eu aprecio muito o site "No Esquadro" (www.noesquadro.com.br), que é um Blog que trata de assuntos maçônicos e é muito crítico e realista em suas publicações. É de lá que extraí o texto que segue, o qual achei deveras interessante, e poderia até ser cômico, se não fosse retrato de uma triste realidade!
Fraternos Abraços!
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McMaçonaria


Estava eu outro dia conversando com um irmão e amigo que pertence a outra Loja e Obediência, esta tão regular e tradicional quanto a da qual sou membro. Era nosso primeiro encontro após uma visita que ele havia feito à minha Loja. Papo vai, papo vem, e eis que o irmão pergunta se poderia indicar um candidato para ingressar em minha Loja. Eu, conhecendo a idoneidade moral desse irmão, respondo afirmativamente. Afinal de contas, é direito de todo Mestre Maçom regular indicar candidatos e, se ele havia escolhido a minha para realizar a indicação, era motivo de honra para mim.  Porém, a dúvida ficou no ar, e logo questionei o irmão do porquê dele não realizar a indicação em sua própria Loja, já que eu sabia que ele era inclusive o Secretário da Loja, e poderia acompanhar o processo para a Iniciação mais de perto.
Tenho que confessar que a resposta não me surpreendeu muito, visto ser algo cada dia mais comum de ser visto na Maçonaria Brasileira: o irmão se queixou de sua Loja, dizendo que a mesma está sem conteúdo, reunindo-se apenas para bater malhete, isso quando não está ocupada com brigas internas e externas; reclamou ainda que toda tentativa dele e de outros irmãos mais novos de inovar é frustrada pelos “donos da Loja”. E tendo o irmão visitado algumas vezes nossa Loja e observado seu modus operandi, se sentia mais à vontade para indicar um amigo no qual enxergava os princípios maçônicos básicos e o interesse no aperfeiçoamento moral e espiritual.
Compreendendo a situação do irmão, reafirmei minha concordância e disponibilidade em avalizar tal indicação em minha Loja, dizendo que seria para nós uma honra receber o futuro afilhado dele, é claro que após a devida sindicância e seguindo todos os trâmites de costume. Ao tocar no assunto, o irmão aproveitou para perguntar como era nosso processo de sindicância, os documentos, exigências e custos para ingresso na Loja. Sendo ele um irmão sempre muito interessado e participativo, não me incomodei de explicar todo o processo, desde a indicação até a iniciação. Ao final, informei ainda o valor do investimento para Iniciação, o qual cobre o kit de Aprendiz (avental, luvas, ritual, broche, identidade, diploma, etc.) e um jantar comemorativo em que o iniciado e sua família são apresentados a toda a família da Loja.
Nesse momento, vi o espanto no rosto do irmão, que logo exclamou que o valor informado era exorbitante, impraticável, e que o processo para iniciação era muito burocrático. Ao escutar tais comentários, perguntei-me como era possível fazer o mesmo com menos tempo e recursos… não contive a curiosidade e questionei: – E como é em sua Loja? – O irmão então me respondeu que sua Obediência estava dispensando muitas das exigências para a Iniciação, além de isentar os candidatos da taxa do placet. Por conta disso, sua Loja consegue fazer todo o processo para Iniciação em apenas um mês, e cobra apenas R$50,00 do candidato.
Após escutar o irmão, fiquei refletindo por um momento sobre o assunto. Eu já conhecia essa história “de outros carnavais” e meu raciocínio era de que, de uma certa forma, um valor mais substancial, o processo relativamente demorado, e as exigências documentais como quase de um concurso de policial federal, serviam como filtros, peneiras, para separar os curiosos daqueles realmente interessados. Todos aqueles documentos, entrevistas e consultas teoricamente garantiam a qualidade mínima social e moral dos indivíduos que pleiteiam ingresso na Maçonaria. Mas, será que aquela fórmula “fast food” de Maçonaria estava funcionado para a Loja dele e outras Lojas daquela Obediência?
O que a Loja dele e outras da Jurisdição estavam fazendo, com a anuência da Obediência, era proporcionar aos profanos um acesso rápido e barato à Maçonaria. É o que podemos chamar de “McMaçonaria”. A questão é se isso é realmente bom para os membros e para a Instituição. Pensando nisso, perguntei ao Irmão quantos membros haviam iniciado na Loja dele nos últimos dois anos. Ele respondeu que algo em torno de 50 novos irmãos. – Uau – imaginei. Então perguntei a ele a média de membros por reunião atualmente. Ele sabia bem: uns 26 a 28 irmãos, a maioria de irmãos mais antigos, apenas uns 10 membros da “nova safra”. Então lancei a pergunta derradeira… – E você sabe o nome desses 50 irmãos? – A resposta, é claro, foi negativa. – Talvez eu saiba de uns três deles – o irmão me respondeu.
Isso já era de se esperar… Como dito anteriormente, essa ideia não é nova. Algumas Grandes Lojas dos EUA já haviam tentado algo parecido alguns anos atrás, porém de forma mais intensa e abrangente e, é claro, foi um fracasso. Não somente causou alguns problemas internos, como também impactou na relação com outras Grandes Lojas no mundo, que não gostaram nem um pouco dessa história.
Com a tática da McMaçonaria, a tal Obediência deve ter aumentado consideravelmente o número de seus filiados. Já as Lojas que abriram mão do conceito de células de “família maçônica” não obtiveram ganhos reais em troca. Talvez, membros promissores, que se identificariam com a Loja e seus valores quando em sua forma tradicional, se entregam à desmotivação de serem mais uns entre dezenas e, ao frequentarem a Loja, que perde sua própria identidade, acabam por também se afastarem. Os agora maçons, que adquiriram um “lanche” rápido e barato de Maçonaria, podem por fim não experimentar, degustar, saborear e aproveitar a verdadeira essência da Ordem. Enfim, a curto prazo parece algo ótimo, mas a longo prazo pode ser prejudicial, assim como uma alimentação à base de fast food.
 (http://www.noesquadro.com.br/2012/04/mcmaconaria.html)


sexta-feira, 22 de junho de 2012

UMA CONCEPÇÃO DE AMOR...

Meus irmãos costumam ler o que eu escrevo no Blog e sempre comentam, ou no próprio Blog, ou pessoalmente pra mim... Recentemente, postei algo sobre relacionamentos. Então, meu irmão Edir, que é quase três anos mais novo que eu, elogiou-me e mandou-me o texto abaixo, que ele havia escrito tempos atrás. Achei deveras interessante e, com a sua anuência, posto aqui para compartilhar com os demais que seguem minhas postagens.
Obrigado, Edir. Tenho você em grande estima.



Minha concepção de amor e de relacionamentos (Edir de Almeida)


Lembrei-me, ontem, de uma discussão sobre o que é o amor, ou como são os relacionamentos, que tive com minha psicóloga, alguns anos atrás.
A discussão se baseava em como é difícil manter um relacionamento... Não qualquer relacionamento, mas algo sadio, bom, que traga felicidade, alegria, saúde para o casal.
Naquela ocasião, criei uma metáfora, na qual continuo acreditando descrever bem o amor e os relacionamentos.
Para mim, o amor e os relacionamentos são como um prato, ou uma peça de porcelana fina.
Toda vez que há briga, discussão negativa, desconfiança, desentendimento, enfim, qualquer coisa que gere mágoa e ofensa entre um casal, é como se trincasse uma parte deste prato. Assim, cada uma dessas situações é uma trinca que vai surgindo no prato, o qual, além de feio, vai ficando frágil.
Chega um ponto que, de tantas trincas, o prato se quebra. Muitas vezes, em vários pedaços, uns grandes, outros pequenos. Você pode até tentar juntar os cacos e colá-los, unindo o prato novamente. Entretanto, ele será um prato feio, cheio de marcas, fissuras, trincas, e muito frágil. Qualquer coisinha, ele se espatifará de novo, tornando-se cada vez mais difícil tentar colá-lo. Até que chega um dia que a única solução é jogar ele fora, juntamente com sua história, com as lembranças dos banquetes que ele serviu, ou das simples refeições, lá mesmo, na cozinha, ou no aconchego do sofá.
Em último caso, você pode até trocar a função do prato, ou então, guardá-lo, para evitar novas trincas. Mas, aí, o que adianta?? Ter um prato que não se pode usar???
O negócio é evitar o surgimento das trincas. Dessa forma, você nem precisará se preocupar em como juntar as peças do prato quebrado.
Um dia, quem sabe, eu retomo esta discussão e a desenvolvo mais... Por enquanto, fica a mensagem...

sexta-feira, 15 de junho de 2012

MORRE WILSON DE ABREU...


Repasso esta prancha de dor...
À G.´. DO G.´.A.´.C.´.D.´.U.´.
A TODOS OS MAÇONS CARBONÁRIOS ESPALHADOS PELA FLORESTA UNIVERSAL
.´. PRANCHA DE DOR .´.
                                             
Hirofante.´. Wilson Emílio de Abreu 33.´. R.´.E.´.A.´.A.´.
Participamos com tristeza e profundo pesar a viagem inesperada ao Or.´. Et.´. do nosso querido e respeitabilíssimo Bom Primo WILSON EMÍLIO DE ABREU, Hierofante fundador e responsável pelo restabelecimento da Maçonaria Carbonária em toda a Orbe, através da ALTA VENDA CARBONÁRIA UNIVERSAL à partir do Brasil desde 1983, e que com sua candura, inteligência e profundos conhecimentos da ciência maçônica inerentes as qualidades indispensáveis de um verdadeiro Mestre, nos honrou com a sua demonstração de fraternidade, solidariedade e amizade para com todos os  nosso Irmãos e Bons Primos da Carbonária de toda a Orbe, além de inestimável Pai de família.
Nosso Hierofante.´. WILSON EMÍLIO DE ABREU , tem sido para nós um exemplo de tolerância, de respeito e carinho, dedicando a sua vida inteiramente à Fraternidade Carbonária através de sua gestão ímpar, o que permitiu o trabalho ativo e ininterrupto da Ordem Maçônica Carbonária em todas as Florestas da Orbe numa discreta, sigilosa e sutil prática da caridade como convém a um verdadeiro Maçom Florestal, para exemplo e admiração de todos.
Em nome da Alta Venda Carbonária Universal, os Bons Primos e Boas Primas espalhados por todo o Universo e, particularmente a Grande Loja Carbonária do Brasil, estendemos os nossos mais profundos sentimentos de Dor e de Tristeza a toda a família Carbonária, Cunhada e Sobrinhos, amigos e irmãos, a resignação cristã pelo passamento de nosso Inesquecível e ente querido Hierofante.
Traçado, assinado e selado na sombra de uma frondosa árvore da vida, em um lugar a coberto dos olhares pagãos, terrível aos perjuros e traidores, aos 15 Sóis da Sexta Lua do ano da graça de N.´.S.´. Jesus Cristo e de NN.´. PProt.´. São Teobaldo e São João Batista de 2012 – E.´.Cr.´.
DOR.´. DOR.´. DOR.´.!
BPr.´. e Ir.´. Giuseppe Garibaldi 33.´. R.´.E.´.A.´.A.´.
(Walmir Ferreira Battu) – Ser.´. Grão Mestre Geral da Alta Venda Carbonária

quarta-feira, 13 de junho de 2012

ADÃO E EVA NO PARAÍSO



Deus criou a Luz… Criou terra e céu, mares e rios, plantas e animais… E Deus criou o Homem para que habitasse entre toda a criação, cuidando e usufruindo de tudo o que Ele havia criado! Mas o Homem, apesar de ter tudo o que necessitava para si, não estava feliz… o homem era solitário. Faltava-lhe um par, um complemento. E então, Deus fez a Mulher a partir do Homem.
Mas, texto bíblico à parte, o importante é percebermos que Homem e Mulher têm a mesma origem, sendo ambos iguais e complementares.
Algum tempo atrás, fiz uma escultura em madeira - um entalhe em tronco de Bracatinga, na verdade - que representava justamente esta visão de integralidade e complementaridade do casal Homem-Mulher. Tratava-se da estilização de duas árvores, com seus troncos retorcidos, que compartilhavam do mesmo solo, tendo suas raízes e suas copas unidas cada qual em massa única e indivisível; cada tronco representando toscamente uma figura humana, uma masculina e outra feminina. Os troncos - corpos - não se tocavam, a não ser pelas raízes e pela ramas das copas. Encimando a escultura, um entalhe de um sol de oito raios e uma lua crescente sobrepostos.
Vamos discorrer um pouco sobre este simbolismo: 
O Homem e a Mulher são seres humanos, iguais em origem, inteligência, capacidades e direitos, ambos tem as mesmas "raízes", cravadas no mesmo solo de onde vem seu sustento - tanto no sentido e alimento como no de ponto de apoio e fixação. Quando ambos formam um casal e decidem seguir uma vida juntos, devem permitir justamente que suas vidas se entrelacem e que seus objetivos se coadunem em um só, para o bem e progresso comum. Seus sonhos e metas - as ramas dessas árvores - devem formar uma só massa, sustentada e nutrida por ambos os troncos; forte e vigorosa de tal modo que os vendavais da vaidade, as tempestades das desilusões, o granizo do desemprego e da desordem financeira, a seca da rotina e os gafanhotos das tentações mundanas, não possam desfolhar nem destruir, mantendo-se sempre alta e verdejante, em direção ao céu das realizações!
Homem e Mulher devem sempre se olhar nos olhos e ser transparentes em seus sentimentos e pensamentos, atos e palavras. Somente a sinceridade é fertilizante capaz de manter estas árvores bem viçosas para que nenhuma esmoreça com o tempo, nem que uma tolha à outra, os nutrientes que necessitam para manterem vivos seus corpos e espíritos!
O sol da sabedoria e do discernimento deve sempre iluminar seu caminho e orientar suas metas, mas a lua crescente lembra que a vida é um ciclo constante e ininterrupto de acende e apaga, abre e fecha, sobe e desce; e que tudo deve ser medido e ponderado, trabalhando-se e descansando, divertindo-se e estudando, de forma regrada, sem exagerar em nenhuma atividade.
As "Árvores da Vida e do Conhecimento", das quais nos falam o Gênesis e de onde Adão e Eva provaram o fruto proibido, nada mais são que nós mesmos, seres humanos, com nossa capacidade de criar, aprender, gerar e multiplicar. Nós povoamos o mundo, com nossos descendentes e com nossas ideias!
Desta forma, Homem e Mulher, firmados na certeza de serem iguais e de possuírem raízes interligadas e profundamente fixadas em terreno fértil; olhando-se nos olhos e mantendo seus objetivos alinhados e bem orientados pela boa vontade e pela razão, seguirão juntos a estrada da vida na certeza de que seus frutos não se perderão pelo caminho e que as sementes resultantes, brotarão e gerarão novas árvores frondosas para ornamentar, sombrear e embelezar os jardins do mundo em que vivemos - e de outros mundo que estão por vir!

Abraços Fraternos
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