segunda-feira, 27 de junho de 2011

OS PATRONOS DA MAÇONARIA.

A Maçonaria Carbonária tem como Patronos os Santos São Theobaldo e São João, este, Patrono também da Maçonaria da Pedra.
São Theobaldo nasceu em Provins, Brie, França em 1017 e era filho do Conde Arnaldo de Champagne. Foi educado para ser um soldado, mas na idade de 18 anos, depois de estudar as vidas dos santos sentiu um grande desejo de seguir a vida religiosa e viver uma vida ascética.
Ele deixou os militares, e entrou para a Abadia de São Remy em Rheims. Ele e outro nobre de nome Walter se tornaram eremitas em Suxy, Ardenha. Em 1035 eles mudaram para a Floresta de Pettingen em Luxemburgo onde trabalharam como pedreiros e no campo durante o dia e a noite, passavam em orações. Na busca de solidão e contemplação eles peregrinaram para Compostela e Roma e reassumiram suas vidas de eremitas em Salanigo, perto de Vicenza, Itália.
Walter morreu dois anos mais tarde. A santidade de Theobaldo atraiu muitos  discípulos e ele foi ordenado e tornou-se um monge Camaldoles. Ele curava varias doenças apenas com sua benção e oração. Sua fama se espalhou e vários nobres e príncipes vinha a sua procura para conselhos e curas. Sua fama alcançou também os seus parentes que vinham visita-lo. Sua mãe mais tarde também se tornou uma eremita em um local próximo.
Faleceu em Salanigo, Itália em 30 de junho de 1066 e foi canonizado pelo Papa Alexandre II em 1073. Sua festa é celebrada no dia 30 de junho.
Já ao nos referirmos a São João, gera-se uma dúvida: “qual São João?”
São João Batista, também dito "o Precursor", era filho de Isabel, prima da Virgem Maria e, primo de Jesus. Ele ganhou o epíteto de "batista" porque, no rio Jordão, "batizava" as pessoas, derramando-lhes água sobre as cabeças, assim limpando-os espiritualmente - batismo significa banho. São João Batista em sua fala: “Sou a voz que clama no deserto: aplanai os caminhos do Senhor” nos remete a filosofia Maçônica de ser Justo e Perfeito; devemos ser esta “voz” que clama no mundo e que aplaina o caminho do Senhor, e para praticá-la é simples, basta demonstrar pelo “EXEMPLO”, como nos diz o senso comum “Um gesto fala mais que mil palavras” e de nada adianta falar se não a praticarmos.
São João Batista tem seu dia de comemoração – 24 de junho – associado aos mistérios celestes, pois se comemora junto ao solstício de inverno (no Hemisfério Sul), ou seja, o dia mais curto do ano; a maçonaria por sua vez associou este dia como contemplação a esta transição do sol, e reverencia esta transição em suas lojas e faz associações a sua doutrina.
São João Evangelista, o Apóstolo Virgem, chamado de Evangelista porque, além de pregar os ensinamentos do Mestre, foi o autor do 4º Evangelho, de três epístolas e do famoso Apocalipse, é sem dúvida um dos maiores santos da Igreja, merecendo o título de “o discípulo a quem Jesus amava”. Junto à Cruz, recebeu do Redentor Nossa Senhora como Mãe, e com Ela — como Fonte da Sabedoria — a segurança doutrinária que lhe mereceu dos Padres da Igreja o título de "o Teólogo".
Sua comemoração é no dia 27 de dezembro. Sendo que esta data também coincide com o solstício, porém, de Verão (Hemisfério Sul). Sob uma visão simbólica, os dois Solstícios encontram-se num momento de transição, com o fim de um grande ano cósmico e o começo de um novo, que marca o nascimento de Jesus: um anuncia a sua vinda e o outro propaga a sua palavra.
Porém, há um terceiro São João, menos conhecido: São João, o Esmoler.
Nasceu em Amathus (Antigo Limasol), em Chipre em 550 DC. João, filho de um nobre de nome Epiphanius, governador de Chipre casou-se ainda muito novo, mas quando sua esposa e seus dois filhos morreram (provavelmente da peste – seria varíola) ele entrou para a vida religiosa, deu seus bens para os pobres e ficou famoso pela sua santidade e caridade. Quando João tinha 50 anos e ainda um leigo ele foi escolhido Patriarca de Alexandria pelo seu irmão adotivo Nicetas, que havia ajudado o Imperador Heraclius a subir ao poder. A Igreja havia sido muito reduzida pela heresia Monophysitas e João se empenhou em recomendar a ortodoxia, dando exemplos de vida virtuosa e santa. Logo que assumiu o cargo o Patriarca, João ordenou que se fizesse uma lista dos pobres. A lista tinha 7500 nomes dos pobres da Diocese os quais ele alimentava todos os dias. Uma das primeiras ações de seu episcopado foi a distribuição de 80.000 peças de ouro para hospitais e monastérios.  Assim ele seguiu sistematicamente a política de "Esmoler" (aquele que dava esmolas) até a sua morte em 11 de novembro de 619.
Todas as quartas e sextas feiras ele sentava no banco do lado de fora da igreja, arbitrando disputas, dando conselhos, ouvindo as reclamações dos necessitados e imediatamente procurava corrigir os erros que estavam prejudicando aquelas pessoas.
João, o esmoler é o padroeiro da Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta, também conhecida por Ordem do Hospital, Ordem de S. João de Jerusalém, Ordem dos Cavaleiros de Malta, etc..
Sua festa é celebrada no dia 23 de janeiro.
Então... A qual João prestar homenagem? A qual se deve o Título de “Padroeiro e Protetor da Maçonaria”? Diria eu: a todos os três! Por que não? Todos tiveram sua importância histórica, social e religiosa, todos são símbolos a serem seguidos por sua retidão de conduta e suas ações para com o próximo. Todos são exemplos para os Maçons (e para os não-maçons também)!
Quanto a São Theobaldo, não há dúvidas. Quanto a São João, medite, escolha e siga o que cada um tem de melhor! E seja feliz, fazendo os outros felizes!

Abraços Fraternos!
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