quarta-feira, 8 de junho de 2011

O MAIS ANTIGO DOCUMENTO MAÇÔNICO

Há quem diga que a maçonaria iniciou na Inglaterra do século XVIII; outros, já se opõem afirmando que a mesma é tão antiga quanto o mundo!
O que se tem por verdade é um documento do Século XIII que relata a criação de uma sociedade nos moldes maçônicos, não especulativos, como nos dias atuais, mas, operativos.
Segue:

 A Carta de Bolonha, de 1248

 O “Statuta et Ordinamenta Societatis Magistrorum Tapia et Lignamiis” ou  “Carta de Bolonha” foi redigido originalmente em latim por um escrivão  público de Bolonha, a partir das ordens do prefeito de Bolonha,  Bonifacii di Cario, no dia 8 de agosto de 1248. O original é conservado  atualmente no Arquivo de Estado de Bolonha, Itália.
 Tão importante documento tem sido incompreensivelmente ignorado pelos  estudiosos da História da Maçonaria, por mais que as causas de seu  esquecimento sejam óbvias, dado o empenho generalizado em ressaltar  somente as origens inglesas da Maçonaria, e ainda assim foi publicado A.  Gaudenzi no nº 21, correspondente a 1899, do Boletim do Instituto  Histórico Italiano, titulando seu trabalho: “As Sociedades das Artes de  Bolonha. Seus Estatutos e suas Matrículas”.
 Os autos correspondentes à “Carta de Bolonha” está integrado por  documentos datados em 1254 e 1256 e têm sido reproduzidos integralmente  e com fotografias do original em um livro com o título “In Bologna. Arte  e società dalle origini al secolo XVIII”, publicado em 1981 – hoje já  fora de catálogo – pelo “Collegio dei costruttori edili di Bologna”.
 Consciente da importância maçônica de tal documento, o Ir Eugenio  Bonvicini o editou em 1982 juntamente com um Ensaio de sua autoria,  apresentado oficialmente por ocasião do “Congresso Nacional dos Sublimes  Areópagos da Itália do Rito Escocês Antigo e Aceito”, reunido em Bolonha  naquele mesmo ano. Do trabalho do Ir Bonvicini publicou-se um resumo na  Revista Pentalfa (Florença, 1984). Além disso, foi reproduzido em um  capítulo de “Massoneria a Bologna”, de Carlo Manelli (Editorial Atanor,  Roma, 1986) e em “Massoneria di Rito Scozzese”, Eugenio Bonvicini.
 (Editorial Atanor, Roma, 1988).
 Está bem claro que a “Carta de Bolonha” é, para todos os efeitos, o  documento maçônico (original) sobre a Maçonaria Operativa mais antigo  encontrado até hoje. É anterior em 142 ao “Poema Regius” (1390), 182  anos ao “Manuscrito de Cooke” (1430/40), 219 anos ao “Manuscrito de  Estrasburgo” reconhecido no Congresso de Ratisbona de 1459 e autorizado  pelo Imperador Maximiliano em 1488, e 59 anos ao “Preambolo Veneziano  dei Taiapiera” (1307).
 O conhecido historiador espanhol, especializado em Maçonaria, padre  Ferrer Benimeli, SJ, em seu comentário sobre a “Carta de Bolonha” diz  (traduzido do italiano):
 “Tanto pelo aspecto jurídico, quanto pelo simbólico e representativo, o  Estatuto de Bolonha de 1248 com seus documentos anexos nos coloca em  contato com uma experiência construtiva que não foi conhecida e que  interessa à moderna historiografia internacional, sobretudo da  Maçonaria, porque situa-se, pela sua cronologia e importância, até agora  não conhecida, à altura do manuscrito britânico “Poema Regius”, do qual  é muito anterior e que até hoje tem sido considerado a obra mais antiga  e importante”.
 A “Carta de Bolonha” confirma o texto das Constituições de Anderson,  1723, quando diz tê-las redigido após consultar antigos estatutos e  regulamentos da Maçonaria Operativa da Itália, Escócia e muitas partes  da Inglaterra. Revisando o texto do “Statuta et ordinamenta societatis  magistrorum tapia et lignamiis”, não resta a menor dúvida de que este  foi um dos estatutos e regulamentos consultados por Anderson. Os  estatutos de 1248 foram seguidos pelos de 1254/1256, publicados em 1262,  1335 e 1336. Este último esteve vigente e inalterado até que em 1797 a  “Società dei maestri muratori” foi dissolvida por Napoleão Bonaparte.
 Em 1257 foi decidida a separação entre os Mestres do Muro e os Mestres  da Madeira, que até então eram uma única Corporação, mas separados desde  antes nos trabalhos das correspondentes Assembléias tendo, porém, os  mesmos Chefes.
 No mesmo Arquivo de Estado da Bolonha, conserva-se uma “lista de  matrícula” datada em 1272 e ligada à “Carta de Bolonha”, que contém 371  nomes de Mestres Maçons (Maestri Muratori), dos quais 2 são escrivães  públicos , outros 2 são freis e 6 são nobres.

Extraído de http://www.triplov.com/

Abraços Fraternos

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