SAUDOSISMO

SAUDOSISMO

Por Diego de Almeida (Benjamin Franklin.’.)

Aos 24 sóis da nona lua no Ano de nosso Sr. Jesus Cristo de 2012, E.’. V.’..

Que saudades tenho dos tempos de outrora

Da minha vida mansa que tanto me enfadava

Das tardes longas da minha infância

Perdidas entre tarefas escolares e muita arruaça

Que saudades desse tempo que não volta

Das brincadeiras inocentes com meus irmãos

Folhas de papel em nossas mãos cidades se tornavam

Personagens eram criados do nada

e nossos heróis não eram dos gibis

Que saudades da minha doce adolescência

Dos meus amigos de escola que nunca mais eu vi

Das paqueras malsucedidas,

(malfadadas investidas)

de um desengonçado guri...

que ansiava por ser homem crescido

(pobre tolo!) convencido

de que já vira e aprendera

tudo o que poderia necessitar

para enfrentar a vida de adulto!

Que saudades eu tenho

Dos bancos da universidade

Onde entrei moço e saí homem

Quase Homem – na verdade!

Pois homem feito e completo

É difícil de se fazer

Não basta anos de idade nem de estudo

Necessita experiência de viver!!!

Mas que saudades dos meus colegas

Com quem passei por aulas, provas e estágios

Com quem enfrentei noites de estudo

Com quem planejei o futuro!

Um dia sim, serermos senhores de nós mesmos

Era esta nossa certeza! (Que beleza!)

E o futuro a nossa frente a se descortinar

Tudo pronto para mudar

Ao próximo passo que déssemos!

E demos o passo!!!

Hoje olho pra trás e vejo

Aquelas crianças e jovens do passado

Hoje crescidos (alguns, outros desencarnados...)

Tantas vidas diferentes; tantos rumos tomados...

Será que algum deles sonhava

Em ser o que é hoje?

Mas isso já não importa

Ao passado pertence o passado!

O futuro é que ainda pode ser feito

O hoje é onde trabalhamos e existimos

Mas não posso deixar de pensar

Como eram lindos os dias

Como eram felizes aqueles anos

Em que a gente queria

Que tudo passasse logo!!!

E passou...

Continuará passando...

Só não nos esqueçamos de olhar pra frente

Para não passarmos também!