sexta-feira, 13 de abril de 2012

AS ORIGENS DA "SEXTA-FEIRA 13"


Existem várias hipóteses para explicar a origem de toda a superstição que envolve esta data.
Segundo o Guia dos Curiosos, seria o fato de Jesus Cristo ter sido crucificado em uma sexta-feira e, na sua última ceia, haver 13 pessoas à mesa: ele e os 12 apóstolos. Claro que não se pode confiar plenamente nessa versão da história, pois não temos como apontar com exatidão quantos eram os presentes na Santa-Ceia, mesmo porquê, seria muito plausível a presença de mais pessoas, inclusive, mulheres.
Mas mais antigo que isso, porém, são as duas versões que provêm de duas lendas da mitologia nórdica. Na primeira delas, conta-se que houve um banquete e 12 deuses foram convidados. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga que terminou com a morte de Balder, o favorito dos deuses. Daí veio a crendice de que convidar 13 pessoas para um jantar era desgraça na certa.
Segundo outra lenda, a deusa do amor e da beleza era Friga (que deu origem à palavra friadagr = sexta-feira). Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, a lenda transformou Friga em bruxa. Como vingança, ela passou a se reunir todas as sextas com outras 11 bruxas e o demônio. Os 13 ficavam rogando pragas aos humanos.
Contudo, existe um outra hipótese que se relaciona com os Cavaleiros Templários.
No final do século XI, a Europa, enfrentava uma profunda crise econômica e vivia um momento de estagnação sociocultural. O Cristianismo encontrava-se tumultuado e dividido; esse clima tenso era propicio para guerras e disputas internas que só colaboravam para o agravamento da situação.
O novo Sumo Pontífice a ocupar o Trono de São Pedro, Urbano II, eleito papa em 1088, revelou-se, muito além daquelas qualidades e funções cabíveis ao suposto representante de Deus na terra, um notável político e excelente articulador.
Um dos sonhos da Igreja da época, e de Urbano II, era retomar a cidade de Jerusalém, cuja posse estava nas mãos dos "infiéis do islã" havia mais de quatro séculos, desde o ano 638 d.C., quando fora tomada pelo exército muçulmano. Além da importância histórica para os cristãos da própria cidade em si, os supostos tesouros ali encerrados, havia também por parte de toda a alta hierarquia do clero, o desejo de "unificar" cristãos ocidentais e orientais sob o jugo único do pontificado Papal. Esses eram motivos mais que suficientes para justificar uma empreitada a terra santa.
Dessa forma, foi articulada a Primeira Cruzada, cujo divino objetivo era "devolver a Deus o que era de Deus". Teve início a Primeira Cruzada, e assim Jerusalém viria a cair sob domínio cristão ocidental. Estava inaugurada a era das "guerras santas".
As peregrinações, naquela época, eram costumeiras entre os europeus, principalmente entre os cristãos, sendo uma atividade abençoada e encorajada pela Igreja e pelo Papa. Um dos caminhos de maior importância, senão o mais importante era justamente aquele que conduzia os peregrinos à Terra Santa, ou seja, Jerusalém. Esse caminho, contudo, não era seguro, deixando os que nele se aventurasse a toda sorte de bandidismo, assaltos, etc., e mesmo à morte.
Alguns anos após a queda de Jerusalém, em 1118, nove Cavaleiros então, liderados por Hughes de Payens, todos veteranos da Primeira Cruzada, se reuniam para prestar um nobre serviço ao reino cristão e fundaram a Ordem dos Cavaleiros de Cristo, tomando o tríplice voto de Castidade, Pobreza e Obediência, dedicando suas vidas, dali até a morte, à proteção dos peregrinos e à garantia do Reino de Cristo. Estudando mais a fundo, descobrimos que as reais intenções não eram bem estas, contudo, isto é assunto pra outra discussão.
O então novo Rei de Jerusalém, Balduíno II, que sucedera seu primo Balduíno I, logo viu na atitude dos nobres e valorosos cavaleiros algo de grande valor e importância. A título de reconhecimento e confiança, cederam-lhes terras e construções para que lhes servissem de acomodação e base. As terras eram situadas no local onde supostamente havia sido construído o famoso Templo de Salomão. Não tardou e os "Pobres Cavaleiros de Jesus Cristo" passaram a se denominar de "Cavaleiros do Templo de Salomão", ou simplesmente de "Cavaleiros Templários" e, assim nasceu a "Ordem do Templo", cuja denominação completa era: "Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão".
A Ordem do Templo tornou-se, nos séculos seguintes, numa instituição de enorme poder político, militar e econômico. A sua divisa era: “Non nobis Domine, non nobis, sed nomini Tuo da gloriam!”, o que significa: Não por nós Senhor, não por nós, mas para a glória de Teu nome!
"De forma rápida a Ordem ia crescendo, tanto política quanto economicamente. Estavam diretamente sob a autoridade papal, e, portanto, sem responsabilidade para com qualquer Rei ou nação.”
Mas o início do século XIV encontraria uma Europa bem distinta daquela de duzentos anos antes. Nessa época, reinava na França, Felipe IV, cognominado Felipe o Belo. Como parte de um maquiavélico plano, tentara fazer parte da Ordem do Templo. Mas, para sua ira, seu pedido de ingresso lhe fora negado.
A história, repleta de exemplos de Reis dominados pela Igreja e por Papas, teve em Felipe, o Belo, justamente o oposto. O quadro clérigo da época destacava-se, não pela presumida divina representação terrena de Deus, atribuída a Santa Igreja Católica, mas pelas fortes disputas internas por posições de destaque político dentro do corpo eclesiástico. Felipe, bem consciente deste fato, marcou um encontro secreto com um certo arcebispo, nas ruínas de um mosteiro em plena floresta. Nesse encontro, propõe fazer do inexpressivo arcebispo, Papa, em troca de seis favores, dos quais um, só lhe seria revelado após a eleição. Felipe acertara em cheio na sua escolha. Assim, sob sua influência, um sujeito fraco e ganancioso, o Arcebispo Beltrão de Got, subia ao Trono de São Pedro como Papa Clemente V, em novembro de 1305.
O favor oculto devido a Felipe por Clemente V, só um papa poderia fazê-lo, pois os Templários não estavam submisso a mais ninguém. Era a dissolução da Ordem dos Templários e Clemente V seria o instrumento de Felipe, o Belo.
Felipe, no intuito de elaborar um plano de ação contra os Templários, fez-se infiltrar na Ordem através de vários agentes. O fim da Ordem do Templo estava desencadeado. Em uma sexta-feira, 13 de outubro de 1307, Jacques De Molay, o Grão-Mestre da Ordem do Templo, e cerca de cinco mil Templários, quase todos aqueles existentes na França, foram encarcerados pelos homens do Rei Felipe, o Belo.
As acusações mostravam heresias as mais diversas, a maioria destas sendo bem comuns aos cotidianos processos movidos pela Santa Inquisição: negação do Cristo, blasfêmia contra Deus, homossexualismo, idolatria (adoração de Baphomet), conluio com os infiéis do islã, etc.
O processo de inquisição contra os Templários continuou por sete anos. Seu ápice ocorreu em 18 de março de 1314, quando o último líder dos Templários, Jacques De Molay e Geoffroy de Charnay, foram arrastados à morte na fogueira da Santa Inquisição.
Desde então, a data da traição Papal que levou à derrocada dos Templários, Sexta-Feira, 13 de Outubro, é tida como amaldiçoada e de mal augúrio.

(Baseado em "http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2011/05/13/500486/conheca-origem-da-sexta-feira-13.html" e "www.fengshuibrasil.com.br Maçonaria - Os Templários")

Abraços Fraternos e Feliz Sexta-Feira 13!
.'.

2 comentários:

  1. hehe... Interessante! Vou na católica, mas ela sempre envolvida com os horrores do nosso planeta.... Fazer o que??..

    Abraço!!!
    Jacque

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  2. Os piores sempre foram/são cometidos em nome de um deus. no meu entender ou esse deus é sedento de sangue ou tais atrocidades não foram feitas por uma instituição representante do Deus verdadeiro. Se for assim, tal agremiação não tem legitimidade de agir em nome de Deus. A conclusão fica por conta de cada um.

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