Quando meu avô Atílio morreu, fiquei chocado! Não conhecia ele, não havia sido criado perto dele, só o tinha visto 2 ou 3 vezes na minha vida... mas como ele foi assasinado, fiquei triste pela perda humana, não pela perda parental.
Quando meu avô Angelo morreu, fiquei triste, mas aliviado, pois ele sofria de um câncer gástrico terminal, já estava sofrendo bastante.
Quando minha avó Vitalina faleceu, fiquei chateado, mas algo consolado, pois vinha doente há algum tempo e não se pode dizer que não tenha sido um descanso.
Agora, hoje, quando fiquei sabendo da morte de Ricardo Boechat, a tristeza foi maior, um nó formou na garganta e até algumas lágrimas caíram...
Boechat se fazia presente em nossas vidas, por meio do rádio e da televisão e, com seu jeito espontâneo e simples, cativava todo mundo. Independente de concordar ou não com sua opinião, ele não se fazia dono da verdade e, como costumava dizer, não estava lá para dar respostas, mas sim, para fazer perguntas.
Boechat era um jornalista comprometido com a Verdade, a Justiça e a Imparcialidade. Tinha gênio forte e defendia suas opiniões, sem atacar ninguém, nem faltar com o respeito. Era humano, doce e incisivo, ao mesmo tempo.
De uma genialidade ímpar...
Vai fazer falta, Boechat! Não era parente, não sabia nem que eu existia... mas era amigo e companheiro. Como serão minhas manhãs indo pro trabalho sem ouvir você?
Saudades!
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