Que a frase "eu te amo" está banalizada, não é novidade para ninguém. Que o sentimento em si perdeu o significado real para boa parte das pessoas, principalmente para os mais jovens, também já não o é!
Vivemos um uma sociedade ávida por satisfação imediata. Somos não apenas a geração do Fast-Food, mas também a do Fast-Kiss, Fast-Love, Fast-Sex, Fast-Job, Fast-Money, Fast-Satisfaction, Fast-Success, e quaisquer outras coisas, desde que sejam de rápida obtenção e com o mínimo de esforço!
Neste turbilhão de eventos em que somos todos colocados (ou que nos deixamos colocar, na verdade), a batalha árdua que leva à conquista perdeu espaço e Status! Aplique-se para todas as esferas: casa, escola, trabalho, relações amorosas...
O pensamento vai assim: Conhecemos hoje e hoje mesmo já beijamos; amanhã, conversas intermináveis pelo "face" ou "whatsapp" (no meu tempo era telefone, e fixo, ou orelhão!!!)... se depois de amanhã não "rolar" o eu te amo! é porque o negócio não é "sério"!!!
O amor não acontece em 2 ou 3 dias... o amor não ocorre à primeira vista! Tesão e interesse podem ser imediatos; A paixão pode despertar em alguns dias; Mas o amor não: Amor requer conhecimento e tempo, requer convívio! Depois que os efeitos a Oxitocina passam é que, se sobrar alguma coisa, pode ser que seja amor!
Mas e daí? Se o supra-sumo, o ápice da escala de declaração de afeto, que é declarar que se ama alguém, já foi usado, o que sobra? Nesta situação, nesta sociedade, nesta cultura contemporânea que vivemos, como é que se diz "eu te Amo"?
Felizes eram os gregos antigos que podiam quantificar seu amor dependendo da palavra que usassem. Assim, tinham o Ágape (amor sublime e incondicional, puro e ideal, amor divino), o Stergos (amor fraternal, de afeição natural, como o vivido por irmãos ou entre pais e filhos), o Philos (amor de amizade, lealdade, virtuosidade e sem paixão) e o Eros (amor apaixonado e com desejo sexual). Mas nós só temos o Amor e é complicado quando desperdiçamos seu uso de forma inconsequente.
Contudo, quando faltam as palavras, são as ações que nos acodem e traduzem os sentimentos. Claro que entramos em outra seara, na qual o significado da ação deve ser interpretado por quem a recebe, o que nem sempre é explícito.
Exemplo pessoal: geralmente saio trabalhar antes da minha esposa e ela gosta muito de dormir um pouquinho a mais. Contudo, sempre ela levanta comigo, separa minha roupa e, enquanto me arrumo, prepara-me o café. Claro que eu poderia fazer tudo isso sozinho, e ela sabe que sim, porém, ela o faz com questão! E o motivo é simples: não é porque eu não sei escolher roupa ou fazer café, é porque ela me ama e com esta ação, está dizendo sempre em cada manhã exatamente isso: "levanto cedo sem precisar porque eu me importo com você e o amo muito!"
Da mesma feita, podemos citar outros exemplos: o marido/namorado que leva a companheira naquele restaurante que sabe que ela gosta; uma flor deixada sobre a mesa; ajudar a arrumar a casa ou consertar algo; deixar de fazer ou comprar algo por saber que desagradaria o outro; repartir o último pedaço de pizza ou o último bombom, mesmo sabendo que o outro não quer, como quem diz "olha, tudo o que eu tenho quero repartir com você, até o fim, porque você significa muito para mim e eu o/a amo!"
Inclusive, esta discussão abre margem para outra diferenciação: paixão e amor. A paixão é egoísta por essência! É estar tomado de arroubo e desejo de satisfazer-se o quanto antes. É querer para si. É ter "fome" do objeto de paixão: "Eu estou apaixonado por você e a quero para mim"! Já o amor é doação. É querer a satisfação, a realização, o gozo e a felicidade do outro e esforçar-se para isso, mesmo que demande o seu próprio sofrimento. Quem ama cuida, protege e se preocupa: "Eu a amo e quero que você seja plenamente feliz (mesmo que não seja ao lado meu)!"
Neste mundo repleto de vaidades e futilidades, o amor acaba sendo desfigurado e menosprezado, mas continua existindo em essência e jamais deve ser esquecido ou escondido, mas sim, deve ser sempre demonstrado em ações singelas e bem pautadas, sem necessitar dos exageros purpurinados e das luzes de holofotes típicos das paixões!
Contudo, quando faltam as palavras, são as ações que nos acodem e traduzem os sentimentos. Claro que entramos em outra seara, na qual o significado da ação deve ser interpretado por quem a recebe, o que nem sempre é explícito.
Exemplo pessoal: geralmente saio trabalhar antes da minha esposa e ela gosta muito de dormir um pouquinho a mais. Contudo, sempre ela levanta comigo, separa minha roupa e, enquanto me arrumo, prepara-me o café. Claro que eu poderia fazer tudo isso sozinho, e ela sabe que sim, porém, ela o faz com questão! E o motivo é simples: não é porque eu não sei escolher roupa ou fazer café, é porque ela me ama e com esta ação, está dizendo sempre em cada manhã exatamente isso: "levanto cedo sem precisar porque eu me importo com você e o amo muito!"
Da mesma feita, podemos citar outros exemplos: o marido/namorado que leva a companheira naquele restaurante que sabe que ela gosta; uma flor deixada sobre a mesa; ajudar a arrumar a casa ou consertar algo; deixar de fazer ou comprar algo por saber que desagradaria o outro; repartir o último pedaço de pizza ou o último bombom, mesmo sabendo que o outro não quer, como quem diz "olha, tudo o que eu tenho quero repartir com você, até o fim, porque você significa muito para mim e eu o/a amo!"
Inclusive, esta discussão abre margem para outra diferenciação: paixão e amor. A paixão é egoísta por essência! É estar tomado de arroubo e desejo de satisfazer-se o quanto antes. É querer para si. É ter "fome" do objeto de paixão: "Eu estou apaixonado por você e a quero para mim"! Já o amor é doação. É querer a satisfação, a realização, o gozo e a felicidade do outro e esforçar-se para isso, mesmo que demande o seu próprio sofrimento. Quem ama cuida, protege e se preocupa: "Eu a amo e quero que você seja plenamente feliz (mesmo que não seja ao lado meu)!"
Neste mundo repleto de vaidades e futilidades, o amor acaba sendo desfigurado e menosprezado, mas continua existindo em essência e jamais deve ser esquecido ou escondido, mas sim, deve ser sempre demonstrado em ações singelas e bem pautadas, sem necessitar dos exageros purpurinados e das luzes de holofotes típicos das paixões!
Fraternais Saudações
.´.
Meu amor, é verdade, hoje em dia as pessoas não dão valor a um momento juntos, e se não der certo tudo bem que venha o próximo.
ResponderExcluirEu amo vc, e continuarei a levantar junto com você e a separar sua roupa, fazer seu café e te acompanhar até o portão, e isso tudo com o maior amor do mundo, mesmo quando brigo, é por que amo vc.
Espero que as pessoas possam conhecer um amor como o nosso, com toda cumplicidade, com o carinho, que nasce a cada dia mais forte.
Te amo minha vida!
Que lindo texto!!! O amor é algo incondicional!
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